Os juros futuros encerraram perto da estabilidade nesta segunda-feira, 13, numa sessão volátil, em que alternaram momentos de altas e baixas sem firmar tendência. Em meio à agenda fraca, os investidores operaram na expectativa da cerimônia de transmissão de cargo de Alexandre Tombini para Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central. O discurso de Ilan, contudo, teve início faltando cerca de dez minutos para o final da sessão regular, quando as taxas estavam perto dos ajustes de sexta-feira. A novidade na fala dele foram os anúncios de trocas na diretoria, com nomes muito bem recebidos pelo mercado financeiro.

Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 (110.820 contratos) fechou estável em 13,705%. O DI janeiro de 2018 (185.105 contratos) terminou em 12,66%, de 12,68% no último ajuste. Com 128.040 contratos, o DI janeiro para 2019 passou de 12,50% para 12,49%. Nos longos, o DI janeiro de 2021 (112.830 contratos) terminou em 12,59%, de 12,58%.

Pela manhã, as taxas se movimentaram a reboque do dólar e dos mercados internacionais, onde prevaleceu o sinal negativo nas bolsas e para o petróleo, em boa medida ainda afetados pelos temores do que pode acontecer se o Reino Unido sair da União Europeia. Inicialmente, as taxas futuras estiveram pressionadas para cima, mas depois tiveram alívio na medida em que o dólar desacelerava os ganhos ante o real. À tarde, o dólar voltou a ganhar força e os juros zeraram a queda e passaram a rondar a estabilidade.

Assim como fez na sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Ilan, no discurso, reiterou que o objetivo da política monetária será o centro da meta de inflação, de 4,5%, e que os limites de tolerância são para a acomodação de “choques inesperados”. Ele também informou que a diretoria de Política Econômica será ocupada pelo economista Carlos Viana de Carvalho no lugar de Altamir Lopes. Aldo Mendes deixará a diretoria de Política Monetária para dar lugar a Reinaldo Le Grazie, enquanto Tiago Couto Berriel substituirá Tony Volpon na diretoria de Assuntos Internacionais. “É uma equipe muito boa, com pessoas bem qualificadas, mesclando experiência acadêmica e de mercado”, elogiou o sócio-gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias