Os juros futuros fecharam em baixa a sessão regular desta segunda-feira, 2, que teve liquidez fraca, abaixo do padrão. Sem agenda relevante e com poucos destaques no noticiário doméstico, o mercado operou mais de olho no câmbio.

As taxas chegaram a sofrer alguma pressão de alta pela manhã, mas que no começo da tarde já se dissipava.

A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 7,25%, de 7,29% no ajuste de sexta-feira. A do DI para janeiro de 2020 caiu de 8,13% para 8,08% e a do DI para janeiro de 2021, de 8,83% para 8,77%. A taxa do DI janeiro de 2023 terminou em 9,47%, de 9,52%.

Pela manhã, as taxas dos principais contratos estiveram em alta moderada, em linha com o dólar e reagindo aos números da pesquisa Datafolha sobre a eleição para presidente em 2018, que mostraram que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva lidera as intenções de votos em vários cenários, com pelo menos 35% das intenções de voto.

No final da etapa matutina, porém, as taxas já zeravam o avanço, migrando para perto da estabilidade e, na medida em que o dólar também virou para o negativo, respondendo à entrada de fluxo, e começou a renovar mínimas à tarde, os juros passaram a exibir viés de baixa.

O economista da Guide Investimentos, Ignácio Crespo, lembra ainda que “o CDS de 5 anos do Brasil, que acaba sendo um termômetro do risco-país, opera em baixa, contribuiu para tal reversão”.

Além disso, os juros das Treasuries perderam força ao longo do dia e, perto das 16h30, a taxa da T-Note estava em 2,341%, após ter atingido mais cedo o patamar de 2,37%.

Já o real tinha a melhor performance ante o dólar entre as moedas de economias emergentes. A moeda americana era cotada em R$ 3,1545 (-0,38%) às 16h28.