Para cobrar a construção de mais moradias populares pelo governo do Estado de São Paulo, manifestantes protestam no prédio sede da Secretaria de Habitação e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), no centro da capital, desde o final da tarde desta quarta-feira, 29. Eles passaram a noite em barracas montadas no saguão de entrada e do lado de fora do edifício, ocupando duas das três faixas da Rua Boa Vista, próximo ao Pátio do Colégio. A entrada do prédio está liberada para os funcionários na manhã desta quinta-feira, 30.

Segundo a Secretaria de Habitação, o governo estadual entregou, desde 2011, 126.081 moradias populares e há 75.493 em construção. Somente na capital, foram 5.523 finalizadas e outras 12.787 em obras.

“Já foram viabilizadas mais de 16,8 mil unidades habitacionais pela parceria entre a Casa Paulista e o MCMV Entidades, com 1.098 unidades já entregues e com 14.164 moradias em obras”, declarou a nota da pasta.

A manifestação é coordenada pela União dos Movimentos de Moradia de São Paulo (UMMSP). O grupo afirma que só deixará o local após ser recebido pelo presidente da CDHU, Carlos Alberto Fachini, ou pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). A ocupação começou por volta das 18 horas, após uma passeata que aconteceu durante a tarde.

Lideranças envolvidas informaram que o protesto reunia 5 mil pessoas e que cerca de 1 mil permaneceriam no local durante a noite e a madrugada. A Polícia Militar e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) monitoram a manifestação e não houve nenhum tipo de confronto até o momento.

Uma lista de cobranças foi divulgada pela UMMSP. A principal delas é a construção de 10 mil unidades habitacionais, que teriam sido prometidas por Alckmin em 2013. Em nota, o governo afirmou não ter pendências e alegou ter estado sempre aberto ao diálogo com as entidades.

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