Em resposta a Trump, Lula diz que Brasil não vai receber ‘ordem de gringo’

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U.S. President Donald Trump speaks with reporters, as he departs for travel to Pennsylvania from the South Lawn at the White House in Washington, D.C. U.S., July 15, 2025. REUTERS/Jonathan Ernst Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira,  que “ainda não” vê uma crise do Brasil com os Estados Unidos por causa das tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA, mas voltou a criticar Donald Trump e afirmou que o Brasil não vai aceitar ordem de ‘gringo’

“Não aceitamos que ninguém de nenhum país de fora do Brasil se meta nos nossos problemas internos. Não é um gringo que vai dar ordem a esse presidente”.

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Taxação a empresas norte-americanas

O presidente ainda disse que vai “julgar e cobrar impostos” das empresas digitais norte-americanas, companhias citadas na carta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao anunciar a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto.

“A gente vai julgar e vai cobrar imposto das empresas americanas digitais, nós não aceitamos que em nome da liberdade de expressão você fique fazendo mentira, prejudicando”, disse Lula durante congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Em sua carta, Trump apontou para “ataques” do Brasil aos “direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos (conforme recentemente ilustrado pela Suprema Corte brasileira, que emitiu centenas de ordens de censura secretas e ilegais às plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com milhões de dólares em multas e despejo do mercado de mídia social brasileiro)” como uma das razões para as tarifas.

Na entrevista, porém, Lula reiterou a disposição brasileira de negociar o tema do comércio bilateral com os Estados Unidos.