Os católicos franceses celebraram um Domingo de Páscoa em Paris marcado pelo incêndio da catedral de Notre-Dame, há seis dias, e orando por uma renovação, um renascer, tanto para o templo emblemático, como para a Igreja Católica em geral.

Na segunda-feira passada, o incêndio destruiu a famosa torre da catedral e dois terços de seu teto. O monumento vai passar anos fechado para reformas.

Sem acesso à Notre-Dame, os paroquianos da catedral celebraram a Missa do Domingo de Páscoa um pouco mais à frente, na margem direita do Sena, na igreja de Santo Eustáquio.

A esperança em um novo começo deu o tom do ofício religioso, coincidindo com a comemoração da ressurreição de Cristo, segundo a tradição cristã, neste domingo.

As chamas que devastaram a catedral foram um “sinal”, disse Marie Fliedel, uma católica praticante de 59 anos, que acrescentou que agora sentia uma “renovação, uma comunhão e um impulso”.

“Espero que os cristãos reajam e tomem nota de tudo o que está acontecendo neste triste período e que isso nos reconcilie”, disse ela.

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“Isso vai recriar uma unidade entre os católicos e, no infortúnio, o fogo nos dará forças para nos encontrarmos novamente e defender nossa religião”, disse François Toriello, de 70 anos.

Em todo o mundo, a Igreja Católica foi abalada por vários escândalos de abuso sexual, inclusive na França, cujo cardeal Philippe Barbarin foi condenado a seis meses de prisão condicional por não denunciar os ataques sexuais contra crianças de um prelado.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, assistiu à missa celebrada em Santo Eustáquio, oficiada pelo arcebispo de Paris, Michel Aupetit. Ele agradeceu aos bombeiros por seu trabalho para salvar a catedral de um destino muito pior.

“Quando, por um momento, pensamos que as torres também poderiam cair, aquelas torres tão conhecidas em todo o mundo, a bravura e a perícia se combinaram às orações de todos os fiéis”, disse ele à plateia, em meio à qual estavam alguns dos que combateram o fogo.


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