Os primeiros atletas brasileiros a desembarcarem em Tóquio só chegarão à cidade-sede dos Jogos Olímpicos a duas semanas do início do evento, marcado para 23 de julho, e, para que todos tenham as melhores condições de treinamento em solo japonês, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) precisa deixar tudo pronto com bastante antecedência. Nesse sentido, a entidade deu mais um passo importante no mês de abril: enviou ao Japão os últimos contêineres com materiais e equipamentos esportivos para aparelhar as nove bases do Time Brasil, a Vila Olímpica e as demais instalações que serão utilizadas pela delegação nacional.

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“A logística é fundamental na Missão. Fizemos diversas viagens ao Japão para entendermos a melhor operação disponível. Para se ter uma ideia da complexidade deste trabalho, estamos levando 20 contêineres com todos os tipos de equipamentos possíveis. E, devido à pandemia, ainda tivemos que adquirir novos materiais sanitários, como máscaras e álcool gel”, explicou Marco La Porta, vice-presidente do COB e Chefe de Missão do Time Brasil em Tóquio.

A operação teve início em 2018, quando foram transportados os três primeiros contêineres: um saindo do Brasil, outro da Espanha e um terceiro da China. Em 2019 e 2020, outros cinco, sendo um deles da Nova Zelândia. E, este ano, os demais. Ao todo, serão mais de 20 toneladas de peso total, somados todos os itens. Entre os equipamentos esportivos, destacam-se: barcos e botes (vela); tatames para os esportes de combate; sacos de boxe; aparelhos de musculação; e materiais de treinamento do levantamento de pesos.

“Numa das visitas ao Japão, identificamos também que as academias eram bem equipadas, mas voltadas principalmente à comunidade local. E precisávamos de materiais para o alto rendimento em nossas bases. É por isso que estamos levando aparelhos de força”, disse La Porta.

O número de itens enviados ao Japão cresceu ainda mais por conta da pandemia do novo coronavírus. Priorizando a saúde da delegação brasileira, o COB adquiriu 68 mil máscaras descartáveis, 12,5 mil sapatilhas TNT, 400 borrifadores de álcool e 250 aventais, entre outros produtos.

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“Em condições normais, os Jogos Olímpicos de Tóquio já nos exigiriam um grande desafio em relação ao fuso horário, ao clima e à alimentação. Mas a pandemia tornou a complexidade da operação ainda maior. Além de toda a estrutura oferecida, temos que proteger o nosso atleta, diminuindo o risco de contaminação pelo coronavírus”, afirmou La Porta.

DISTRIBUIÇÃO DE UNIFORMES – Uma das operações que precisou ser totalmente modificada por causa da pandemia foi a distribuição de uniformes. Anteriormente, atletas e oficiais se deslocariam até uma das bases, receberiam seus materiais e fariam as trocas necessárias. Agora, cada integrante da delegação já informará previamente seu tamanho de roupa e receberá os uniformes diretamente em seus quartos, dentro de uma mala. Assim, será possível diminuir o número de trocas e também o risco de contato entre as pessoas.


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