A PF (Polícia Federal) e o MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) deflagraram na manhã desta terça-feira, 19, a 2ª fase da Operação Dinastia, que tem como objetivo prender os responsáveis por cobrar taxas de comerciantes no estado.

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O que aconteceu:

  • Segundo o MPRJ, a ação procura cumprir 12 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão contra integrantes de uma milícia que atua na zona oeste carioca;
  • Ainda de acordo com o órgão, um dos alvos dessa nova fase é Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia do Rio de Janeiro, procurado pela PF. Até o momento, cinco pessoas foram presas. Além disso, documentos, arma de fogo e diversos celular acabaram sendo apreendidos;
  • A corporação informou, por meio de nota, que foi possível identificar “toda a estrutura de imposição de ‘taxas’ ilegais a grandes empresas e pequenos comerciantes locais, bem como as contas correntes beneficiárias de tais cobranças”;
  • “Durante as investigações, foi possível identificar e individualizar os personagens que compõem toda a cadeia de ocultação dos valores provenientes da arrecadação ilegal por parte dos paramilitares”, completou;
  • De acordo com o MPRJ, o grupo paramilitar arrecadou, somente em fevereiro de 2023, mais de R$ 308 mil com cobrança de taxa para grandes empresas da construção civil;
  • Essa ação derivou da Operação Batismo, que foi deflagrada na segunda-feira, 18, e teve como alvo principal a deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha do PSD, como suspeita de envolvimento com a milícia liderada por Zinho;
  • Por conta disso, o TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) pediu o afastamento dela do cargo.