Uma semana depois de Bayern de Munique e Paris Saint-Germain se enfrentarem em Lisboa para a definição do melhor time europeu na temporada 2019/2020 no futebol masculino, um outro confronto Alemanha x França servirá para decidir mais um título continental. Neste domingo, a partir das 15 horas (de Brasília), Wolfsburg e Lyon se enfrentam na final da Liga dos Campeões Feminina, no Estádio Anoeta, em San Sebastián, na Espanha.

O confronto opõe dois times que têm sido dominantes em suas ligas nacionais e no futebol europeu, a ponto de estarem invictos há mais de um ano. O Lyon faturou nesta temporada o 14º título francês consecutivo e não perde desde 31 de maio de 2018, quando caiu na decisão da Copa da França para o Paris Saint-Germain. Já o último revés do Wolfsburg foi em março de 2019, exatamente para o Lyon, pelas quartas de final da Liga dos Campeões. E o time é o atual tetracampeão alemão.

Suas campanhas nesta edição da Liga dos Campeões também são impecáveis. Ambos ganharam os seus seis jogos até a decisão deste domingo, tendo sido vazados apenas uma vez. E a média de gols é de ao menos 5 por jogo. O Wolfsburg tem 32 gols, contra 30 do Lyon.

Mas ninguém na Europa tem sido mais dominante do que o Lyon. O time vai para a sua nona final da Liga dos Campeões em 11 anos, sendo a quinta consecutiva, tendo vencido as últimas quatro. E buscará, além do pentacampeonato seguido, a sétima conquista da Liga dos Campeões.

Será, ainda, a quarta vez em oito anos que a competição será decidida por Lyon e Wolfsburg. As outras foram em 2013, 2016 e 2018. O time alemão se deu melhor na primeira delas, mas perdeu as outras duas. E ainda foi eliminado antes da decisão pela equipe francesa em 2017 e 2019.

Por tudo isso, o Lyon é visto como o favorito para faturar o título da Liga dos Campeões. “É a melhor equipe europeia e tem dominado nos últimos anos. É realmente sensacional e tenho muito respeito por elas. Na Alemanha, temos tido muito sucesso recentemente e conseguimos reafirmar isso a cada ano. Todos os anos é um grande desafio, por isso tenho muito respeito por elas. Acho que se beneficiam de ter um elenco muito consolidado. Elas estão muito familiarizadas com esses grandes jogos, como as finais”, disse Stephan Lerch, técnico do Wolfsburg.

O time alemão, porém, pode se aproveitar do aspecto físico para a decisão. Afinal, avançou à final na terça-feira, quando bateu o Barcelona (1 a 0), tendo um dia a mais de preparação e descanso do que o Lyon, que passou pelo PSG (1 a 0) na quarta. Além disso, o time francês sofre com lesões.

O Lyon tem três desfalques certos, sendo duas jogadoras titulares, a atacante inglesa Nikita Parris, expulsa na semifinal, e a defensora Barthy, lesionada. Além disso, a meia Amandine Henry e a atacante norueguesa Ada Hegerberg precisam se recuperar de contusões para serem aproveitadas neste domingo – elas não participaram do jogo com o PSG.

O duelo deste domingo, aliás, também poderá ter um confronto de grandes atacantes, desde que Hegerberger se recupere da lesão no joelho que a deixa inativa desde janeiro. Artilheira da competição na temporada passada, a dinamarquesa Pernille Herder, afinal, já marcou nove vezes pelo Wolfsburg, a mesma produção de Hegerberg pelo Lyon.

Elas, porém, não lideram a artilharia do torneio, ocupado por três jogadoras, todas com dez gols: a holandesa Vivianne Miedema (Arsenal), a nigeriana Emueje Ogbiagbevha (Minsk) e a islandesa Berglind Bjorg Porvaldsdóttir (Breioablik). Um gol, portanto, pode dar a artilharia a elas e mais um título para seus clubes tão dominantes.