O português Renato Paiva, que pediu demissão do comando técnico do Bahia, se manifestou nesta quinta-feira, por meio de nota, para tentar justificar o motivo da sua saída. Ele exaltou a sua passagem pelo clube, mas deu a entender que a pressão sobre o seu trabalho foi o estopim para a sua decisão.

“O Bahia é um clube apaixonante, de uma torcida gigante e acalorada. Mas que também passa do ponto como qualquer outra. No futebol somos passíveis a elogios e críticas , o que é normal, faz parte do jogo. O que não admito é faltar com o respeito com o ser humano”, diz parte do texto.

Nesta passagem, Paiva conquistou o Campeonato Baiano no primeiro semestre, mas acabou ficando pelo caminho na Copa do Nordeste (caiu na primeira fase) e foi eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil. No Brasileiro, o time ocupa apenas a 16ª colocação com 22 pontos.

Ele deixa o Bahia com 49% de aproveitamento. Em 49 partidas, ele obteve 19 vitórias, 15 empates e 15 derrotas. Paiva falou da dificuldade que teve com a necessidade de montar um elenco totalmente renovado em meio ao calendário apertado do futebol nacional.

“Infelizmente tivemos que montar o elenco com as competições em andamento, mais de 20 reforços chegaram e não é de um dia para o outro que uma grande equipe se forma. É preciso tempo”, afirmou o ex-treinador no comunicado.

O Bahia, que vem aproveitando a paralisação do campeonato por causa da Data Fifa para recuperar seus jogadores, tem uma missão complicada na próxima rodada do Nacional. Seriamente ameaçado pelo rebaixamento, a equipe baiana enfrenta o lanterna Coritiba no dia 14 de setembro no Couto Pereira.