A noite da quinta-feira 11 tinha tudo para ser uma das mais quentes para o vôlei masculino. Um mês antes, as seleções de Brasil e Estados Unidos haviam se enfrentado na Liga Mundial, na Polônia, e os brasileiros venceram de virada por 3 sets a 2. Com a vitória dos americanos no primeiro set da partida na Olimpíada, parecia que o roteiro se repetiria. Mas o tempo frio e chuvoso que fazia no Rio de Janeiro contaminou a seleção brasileira e a torcida, e os Estados Unidos venceram a revanche por 3 sets a 1 (25-20, 25-23, 20-25, 25-20). Quando faltavam três pontos para os americanos fecharem o quarto set, parte da plateia, já descrente em uma virada, começou a deixar as arquibancadas do Maracanãzinho.
Para os jogadores brasileiros, o grande mérito dos adversários esteve no saque e no volume de jogo. “O saque deles entrou muito hoje”, disse o meio-de-rede Lucão. “A gente teve dificuldade em rotação de bola, que é nosso ponto forte, e eles jogaram muito bem em cima disso.” O oposto Wallace afirmou que a seleção oscilou durante toda a partida e foi preciso muita paciência com a defesa dos americanos. “Não está tudo bem, mas o time não se sente mais pressionado agora”, disse. “Não tem muito o que mudar a essa altura do campeonato.” Depois da vitória, os Estados Unidos puderam respirar aliviados, já que vinham de uma derrota de 3 a 1 para a Itália, que é a próxima adversária do Brasil, no sábado 13, a partir das 22h35. “Jogar contra uma equipe que já está com a corda no pescoço é mais difícil”, disse Wallace. “A gente sabia que não ia ser fácil.”