ISTAMBUL, 18 FEV (ANSA) – Representantes do governo da Rússia e da Turquia se reúnem hoje (18), em Moscou, para dar continuidade às discussões sobre a crise em Idlib, na Síria. A cidade, que é o último reduto rebelde contra o ditador Bashar al-Assad, tem sido palco nas últimas semanas de violentos confrontos que já forçaram 900 mil pessoas a abandonarem a região desde 1 de dezembro. De um lado, há as forças de Assad, apoiadas pela Rússia. De outro, os rebeldes sírios, aliados da Turquia. A primeira rodada de negociações entre russos e turcos ocorreu na semana passada, em Ancara. A reunião contou com vice-chanceleres dos dois países, diplomatas, militares e funcionários da inteligência. Agora, em Moscou, membros dos dois países tentam negociar uma solução desde ontem. A Turquia pede que a Rússia exercite seu papel para garantir os acordos de Astana e Sochi para frear a ofensiva de Assad contra os rebeldes no noroeste do país, onde já morreram 13 soldados turcos. Já o governo russo, por sua vez, quer que Ancara encerre o que chamou de “ataques terroristas” contra o regime sírio.   

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a chilena Michelle Bachelet, disse estar “horrorizada” com a violência no noroeste da Síria. Ela também pediu ao governo sírio e a seus aliados que autorizem uma via de escape para “facilitar a passagem de civis em total segurança”.   

Nesta terça-feira, também foi anunciado pelo regime sírio que o aeroporto internacional de Aleppo, no norte do país, voltará a funcionar nos próximos dias, após passar oito anos fechado devido à guerra local. (ANSA)