São 26 aspirantes a estrelas da música que se apresentam neste sábado (18), em Tel Aviv, na final do 64º Festival Eurovision, um evento marcado por muitas polêmicas por ser realizado em Israel este ano.

A escolha da capital cultural e econômica israelense para sediar festival não foi bem aceita, mesmo entre os artistas locais que simpatizam com a causa palestina.

Em resposta, os palestinos pretendem realizar um evento alternativo simultâneo batizado de “Globalvision”, que será apresentado em Londres, Dublin, Ramallah (na Cisjordânia ocupada) e em Haifa, uma cidade do norte de Israel com uma grande comunidade árabe.

A final deste concurso que se realiza desde os anos 1950 e atraiu cerca de dez mil turistas a Tel Aviv, além da atenção de milhões de telespectadores, contará com um show especial da cantora Madonna. A artista chegou a Israel na terça-feira passada acompanhada de 135 pessoas, entre músicos, dançarinos e membros da equipe técnica de suas apresentações.

A participação da cantora de 60 anos foi paga em grande parte pelo bilionário canadense-israelense Sylvan Adams, segundo a imprensa local.

Assídua visitante de Israel, onde já se apresentou várias vezes, Madonna interpretará duas canções: “Like A Prayer”, que este ano completa 30 anos, e o novo lançamento “Future”, ao lado do rapper Quavo.

A participação da rainha do pop no evento gerou protestos de vários artistas e grupos organizados. Entre eles, o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), que há anos convoca a classe artística e investidores a evitarem Israel, devido à ocupação dos territórios palestinos.

Já os rabinos ultraortodoxos israelenses denunciam o evento como uma “profanação”, pois a final do festival ocorre durante o “sabbath”, o dia sagrado de descanso semanal judaico.

O “sabbath”, que é respeitado entre a sexta-feira e a noite de sábado, terminará exatamente antes da final, mas com ensaios e preparativos prévios.