PARIS, 17 DEZ (ANSA) – O Museu do Louvre reabriu parcialmente as suas portas ao público nesta quarta-feira (17), após funcionários votarem pela prorrogação da greve durante assembleia geral realizada nesta manhã em Paris.
A administração informou à AFP que o museu “receberia visitantes, mas algumas salas permaneceriam fechadas devido à greve”.
A instituição não abriu ao público na segunda-feira (15) devido à paralisação de sua equipe, que entre outras coisas, exige melhores salários e condições de trabalho, além da restauração do edifício histórico. Como o local não abre habitualmente às terças, o prolongamento da greve hoje deixou muitos visitantes frustrados.
“E os direitos dos turistas? É uma vergonha”, gritou um homem em frente à icônica entrada do Louvre em forma de pirâmide, que acumula turistas ansiosos por visitar o espaço.
Mas Christian Galani, representante do sindicato CGT, rebateu a acusação ao afirmar que os funcionários também pensam nos visitantes do museu.
“Hoje estamos em greve, é nosso direito. E estamos defendendo também os direitos deles [do público], para que possam visitar o Louvre em melhores condições”, afirmou Galani.
Segundo anúncio do sindicatos CGT e CFDT nas redes sociais, cerca de 300 trabalhadores votaram “unanimemente” pela prorrogação da greve nesta quarta, já que as propostas do Ministério da Cultura foram consideradas “insuficientes e inaceitáveis pelos funcionários.
Desde outubro, o museu tem enfrentado problemas que se tornaram públicos: no dia 19 daquele mês, o Louvre foi alvo de um roubo milionário.
Cerca de um mês depois, um comunicado oficial da instituição anunciou o fechamento temporário da Galeria Campana para a “realização de inspeções sobre a fragilidade específica de certas vigas que sustentam os pisos do segundo andar”.
Por fim, em 26 de novembro, um alagamento causado por falhas no sistema hidráulico danificou cerca de 400 artefatos da sala de Antiguidades Egípcias.
No último 7 de dezembro, quando o Louvre revelou o episódio da inundação em uma nota, seus funcionários decidiram realizar a primeira greve para protestar contra o “desprezo às emergências no edifício” histórico. (ANSA).