Em meio a briga entre irmãos, Cid defende Ciro candidato à Presidência em 2026

Em meio a briga entre irmãos, Cid defende Ciro candidato à Presidência em 2026

O senador Cid Gomes (PSB-CE) publicou uma nota nas redes sociais defendendo que seu irmão, Ciro Gomes (PDT-CE), “reúne todas as condições” para ser candidato a presidente, como foi em 1998, 2018 e 2022.

“A verdade é que o senador Cid Gomes tem por seu irmão Ciro Gomes profundo respeito e admiração e entende que ele, mais do que nunca, reúne todas as condições de disputar a Presidência da República“, escreveu.

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Conflito fraterno

Ex-governadores do Ceará, os políticos romperam nas eleições de 2022, quando Ciro equilibrou críticas ao presidente Lula (PT) e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha pelo Planalto e trabalhou pela candidatura de Roberto Cláudio (PDT), ex-prefeito de Fortaleza, ao governo do estado — rompendo uma parceria de 16 anos com o petismo. Já Cid defendeu a manutenção da aliança com o PT, que lançou a candidatura de Elmano de Freitas.

Por fim, Elmano foi eleito ainda em primeiro turno, Cláudio decepcionou as urnas e, pela primeira vez, os Gomes tomaram caminhos partidários distintos: enquanto o ex-presidenciável seguiu no PDT, o senador rumou para o PSB, acompanhado por prefeitos e deputados aliados.

Desde então, a divisão se aguçou. Nas eleições municipais de 2024, Ciro se aproximou do bolsonarista André Fernandes (PL), que foi derrotado por Evandro Leitão (PT), aliado de Cid, pela prefeitura de Fortaleza.

Na última semana, o ex-ministro da Fazenda disse que o irmão é “cúmplice da tragédia” que acontece no Ceará e se encontrou com Alcides Fernandes (PL), deputado estadual e pai de André — a quem prometeu voto para o Senado em 2026 –, para articular uma chapa de oposição no estado.

Conforme revelou O Globo nesta quinta-feira, 15, esse movimento deve se consolidar com sua saída do PDT rumo a um partido mais distante do petismo.

O senador, por sua vez, está mais distante da temperatura eleitoral. Antes do afago ao irmão, repetiu publicamente que não será candidato à reeleição e estimulou a concessão do espaço a aliados — um grupo que, neste momento, não engloba Ciro.