PARIS, 29 JUN (ANSA) – Com cerca de 50% dos votos, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, foi reeleita para o cargo neste domingo (28). O segundo turno deveria ter ocorrido em março, mas foi adiado para este domingo por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).   

A candidata socialista derrotou Rachida Dati, que obteve menos de 30% dos votos, do Os Republicanos, e Agnès Buzyn, do partido do presidente Emmanuel Macron, A República em Marcha (LREM).   

“Os parisienses elegeram a esperança. Elegeram uma Paris que respira, mais agradável para viver, mais solidária porque não deixa ninguém de lado”, disse a política de 61 anos, que ficará mais seis à frente do comando da Cidade Luz.   

Além de ser reeleita por seu trabalho, Hidalgo também se beneficiou da chamada “onda verde” que foi vista no segundo turno dessas eleições. A agenda da prefeita é completamente compromissada com a sustentabilidade e, aparentemente, é o caminho que a maior parte dos franceses quer seguir.   

Os Verdes franceses conquistaram duas das mais importantes cidades na disputa, Lyon e Marselha, impondo uma forte derrota aos políticos ligados à sigla de Macron. Eles ainda lideram as urnas em Bordeaux. Também as cidades consideradas de porte médio tiveram a eleição de prefeitos ecologistas e, com os resultados, eles se tornaram a principal força da esquerda na França.   

O partido de Macron, criado em 2017, foi relegado para o controle das cidades menores onde apesar de ter uma vertente de partido de centro, foi considerado o melhor candidato de direita pelos moradores locais.   

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A única exceção para o LREM foi Le Havre, onde o primeiro-ministro, Édouard Philippe, conseguiu vencer nas urnas.   

Na França, há a autorização para que o vencedor nomeie um representante para comandar a cidade enquanto mantém seu cargo no governo federal.   

– Abstenção recorde: Seja por conta da pandemia de Covid-19 ou pelo desinteresse político, as eleições desse domingo bateram o recorde de abstenção, com uma afluência de apenas 40%. Isso significa que seis em cada 10 eleitores optaram por não manifestar seu voto.   

Segundo fontes ligadas ao presidente, esse foi um dos principais fatores para o desempenho tão ruim do partido. (ANSA)


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