Criticada por enfrentar rivais de fraco futebol e pouca tradição nos últimos meses, a seleção brasileira terá nesta sexta-feira, às 18 horas (de Brasília), seu maior desafio desde a dura queda nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia. O time de Tite vai enfrentar o Uruguai no Emirates Stadium, em Londres.

O time comandado por Óscar Tabárez, que renovou recentemente seu contrato, também caiu nas quartas em solo russo. Foi eliminado pela França, que viria a ficar com o título, mas ficou mais marcado pelas boas atuações tanto na fase de grupos quanto no mata-mata.

A equipe uruguaia vive fase melhor que a Argentina, então maior adversário do Brasil neste período pós-Copa. Em outubro, os argentinos perderam dos brasileiros por 1 a 0 sem Lionel Messi, Sergio Agüero e outras baixas de peso no meio-campo, numa equipe em processo de renovação.

Já o Uruguai, apesar de alguns desfalques, será liderado por Luis Suárez e Edinson Cavani, dois dos principais atacantes da Europa. “É uma partida muito importante para a gente, é um rival de peso, a gente sabe da nossa rivalidade com eles (uruguaios) e a dificuldade que é jogar contra o Uruguai”, afirma o lateral-esquerdo Filipe Luís.

“Sabemos que não vai ser fácil, é um jogo complicado, mas muito importante na nossa preparação e no nosso entrosamento, que a gente está adquirindo nestes amistosos. E estamos felizes de ter um adversário como o Uruguai pela frente”, disse o jogador do Atlético de Madrid.

Será o quinto amistoso da seleção depois da campanha na Rússia. Mas, de adversário relevante, teve apenas a Argentina. Os demais oponentes foram os Estados Unidos (vitória por 2 a 0), El Salvador (5 a 0) e Arábia Saudita (2 a 0).

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Ciente do peso do rival desta sexta, Tite até fez mistério sobre a escalação. Confirmou apenas Walace, do Hannover, da Alemanha, na vaga de Casemiro, cortado por lesão, no meio-campo. “Casemiro não vai, então o Walace vai jogar, pois é um jogador da função e foi convocado para isso”, confirmou o treinador, na quinta-feira.

Ao lado do auxiliar Cléber Xavier, o técnico justificou a não divulgação da escalação com antecedência pela possibilidade de haver várias alterações no time e para guardar as possíveis surpresas diante dos uruguaios.

“Não vou enrolar. É o momento em que há uma série de modificações, e você acaba oscilando dentro do jogo, porque se mexe muito. Diferente de uma equipe que vinha sendo repetida. Se joga Arthur, Paulinho ou Renato (Augusto), são características diferentes. Não vou facilitar e quero potencializar o que pode ser surpresa para outra equipe.”

O amistoso com os uruguaios será o penúltimo da seleção brasileira neste ano. A despedida da temporada será na terça-feira, contra o Camarões, no MK Stadium, na cidade de Milton Keynes.


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