O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira, 21, em transmissão ao vivo nas redes sociais, que o benefício oferecido a 750 mil caminhoneiros será de R$ 400, valor adiantado mais cedo pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Dessa forma, o governo deve gastar, de acordo com o chefe do Executivo, “pouco mais” de R$ 3 bilhões em recursos dentro do Orçamento.

“Como está na iminência de ter outro reajuste de combustível, o que nós buscamos fazer? Acertado na equipe econômica. Alguns não querem, não queriam, outros achavam que era possível. Dar ajuste para caminhoneiros. O que está decidido até o momento? R$ 400 a 750 mil caminhoneiros autônomos. Isso é muito, é pouco? É o possível”, declarou o presidente, que já havia anunciado o benefício mais cedo, mas sem oferecer detalhes.

Bolsonaro afirmou que o novo aumento do combustível deve acontecer como forma de evitar o desabastecimento. “Não precisa ser mágico para ver isso”, declarou, atribuindo o fenômeno ao mercado internacional e ao dólar forte. “A inflação alta é horrível. É péssima, mas pior ainda é desabastecimento.” Em uma mudança de retórica, desta vez o presidente não citou o ICMS como o vilão da alta dos derivados de petróleo.

Sem comentar diretamente os pedidos de demissão do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e do secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, por insatisfação com a decisão do governo de alterar o teto de gastos, Bolsonaro afirmou, logo após revelar o valor do benefício a caminhoneiros, que “tem secretário, como acontece às vezes com um ministro, que quer fazer sua vontade”.

O chefe do Executivo também disse esperar que as reformas administrativa e tributária, hoje travadas no Congresso, continuem avançando.

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