O São Paulo entra em campo nesta terça-feira à noite podendo assumir a liderança do Grupo D da Copa Libertadores. Ao mesmo tempo, porém, a equipe pode ficar em situação bastante complicada na chave. O jogo decisivo será contra a LDU, a partir das 21h30 (de Brasília), na altitude de Quito, a 2.850 metros acima do nível do mar, no Equador.

A pressão no São Paulo voltou a aumentar por causa do empate por 2 a 2 com o River Plate, na última quinta-feira, no Morumbi. O resultado deixou o time tricolor em terceiro lugar no embolado Grupo D, com os mesmos quatro pontos do River e dois a menos que a LDU.

Por isso, se perder para a LDU e o River ganhar do lanterna Binacional, também nesta terça, o São Paulo passará a depender de combinação de resultados nas duas últimas rodadas da fase de grupos para avançar ao mata-mata da Libertadores.

Para o técnico Fernando Diniz, que completa um ano de São Paulo nesta semana, o maior problema até agora na Libertadores foi ter perdido de virada para o Binacional na estreia do torneio. A equipe teve chances de golear na cidade de Juliaca, mas acabou sentindo a altitude de 3.800 metros e foi derrotada por 2 a 1.

“Acho que o primeiro jogo é o que mais pesa nesse momento. Tivemos uma partida ganha contra o Binacional. Naquele jogo, sim, por falta de concentração, achamos que não tomaríamos a virada e perdemos. Contra a LDU (vitória por 3 a 0) fizemos um dos melhores jogos sob meu comando, onde a torcida empurrou muito o time. Contra o River foi equilibrado, e estivemos mais perto de ganhar do que empatar”, afirmou Diniz.

Para piorar a situação, os outros adversários, LDU e River Plate, não precisam mais ir a Juliaca. Isso porque a Conmebol definiu que o Binacional passará a jogar na capital peruana, Lima, por causa da pandemia do novo coronavírus. Na rodada passada, por exemplo, a LDU venceu o Binacional por 1 a 0 em Lima.

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O São Paulo viajou no último domingo para Quito. Além de Daniel Alves, que se recupera de fratura no braço e envolveu-se em polêmica nas redes sociais, o técnico Fernando Diniz não poderá contar com o lateral-direito Juanfran, que viajou à Espanha par a resolver problemas particulares. A tendência é de que o treinador mantenha a equipe que iniciou o jogo contra o River Plate, com Hernanes no meio-campo e Igor Vinícius no lado.

O ataque também está desfalcado, porque Luciano ainda tem mais dois jogos de suspensão na Libertadores, em razão de confusão no Gre-Nal quando defendia o Grêmio. Pablo, que atuou no sacrifício contra o River, deve ser novamente a aposta de Fernando Diniz.

O treinador tem aprovado as atuações do São Paulo nos últimos jogos. Depois de um retorno conturbado, com eliminação nas quartas de final do Paulistão para o Mirassol e resultados ruins no Brasileirão, Fernando Diniz mexeu em quase metade da equipe e conseguiu aliviar as críticas. No entanto, ele sabe que agora está novamente pressionado.

Na avaliação do treinador, as mudanças feitas após a volta do futebol ainda afetam o desempenho da equipe. “Não acho que o maior problema do time seja falta de velocidade. A gente praticamente remontou o time depois da pandemia, isso pesa”.

Outro problema detectado por Diniz tem sido na confiança da equipe. Por diversas vezes ele falou em “acreditar no potencial”. Entende que só assim o São Paulo conseguirá avançar para o mata-mata da Libertadores. “Precisamos melhorar, acreditar mais no nosso potencial para vencer os jogos e conseguir a classificação”, apontou o treinador, que espera evolução da equipe hoje para ficar em situação mais confortável. “Não temos que esmorecer, temos que melhorar o que fizemos contra o River para aumentar as chances de vitória em Quito.”


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