Pressionado pelos recentes resultados ruins e ainda sem ter definido o seu técnico para a sequência da temporada, o Atlético Mineiro deu um passo para diminuir a sua crise neste domingo. No Independência, em um jogo com decisões polêmicas da arbitragem liderada por Igor Júnio Benevenuto e dois gols de Róger Guedes, o time superou o América por 3 a 0, em duelo válido pela sétima rodada do Campeonato Mineiro.

O triunfo levou o Atlético aos 11 pontos, em terceiro lugar no torneio estadual, a dois do próprio América. Na próxima quarta-feira, o time vai até João Pessoa para enfrentar o Botafogo da Paraíba, em duelo válido pela segunda fase da Copa do Brasil.

Sem técnico desde 9 de fevereiro, quando demitiu Oswaldo de Oliveira, o Atlético vem sendo dirigido desde então pelo auxiliar técnico Thiago Larghi, com a diretoria até cogitando a possibilidade de efetivá-lo, o que só deverá ocorrer em caso de bons resultados. O primeiro deles foi conquistado neste domingo, quando ele apostou na entrada de Róger Guedes no setor ofensivo.

A partida começou com maior domínio da posse de bola do América, que trocava passes no campo de ataque, mas, de fato, o time só foi perigoso em uma cobrança de falta de Luan, que passou por cima da meta defendida por Victor. Ao menos nos 20 minutos iniciais, o Atlético não fazia nada muito melhor, pois a saída para o ataque era lenta, o que facilitava a marcação adversária.

Na segunda metade do primeiro tempo, porém, o panorama se alterou. E contando com a velocidade de Róger Guedes e Erik, o Atlético respondeu às cobranças da torcida com lances perigosos e que envolveram a defesa adversária até o time abrir vantagem no Independência.

Aos 23 minutos, Róger Guedes encontrou Erik na grande área. O atacante driblou Aylon, mas finalizou mal. Outra chance surgiu aos 34. Dessa vez, Róger Guedes tabelou com Elias e finalizou para difícil defesa de Glauco. Depois, aos 42, o goleiro americano defendeu uma finalização perigosa de Erik.

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Após criar e perder várias chances em jogadas pelas pontas, o Atlético passou a ameaçar em jogadas aéreas. Na primeira delas, Gabriel perdeu chance clara. E, aos 45, após Leonardo Silva e Ricardo Oliveira escorarem a bola para Róger Guedes cabecear. Glauco espalmou a bola próxima à linha do gol, mas a impressão foi de que ela não entrou. Só que a arbitragem deu o gol para o Atlético, que foi ao intervalo em vantagem.

Perdendo o jogo, o América voltou com duas alterações e mais ofensivo no segundo tempo. E logo nos começo, teve duas chances claras de gol, sendo a primeira delas em finalização de Giovanni. Logo depois, mais polêmica. Após cruzamento de Rafael Moura, Marquinhos cabeceou na direção do gol, Victor fez defesa parcial e Gabriel cortou próximo à linha. Dessa vez, a impressão foi de gol, mas a arbitragem mandou o jogo seguir.

A pressão inicial do América não se manteve no restante do segundo tempo, pois o Atlético conseguiu se defender melhor e passou a encontrar espaços em contra-ataques, chegando com muito perigo em duas finalizações de longe de Otero e Adílson. Ainda assim, o time contou com uma grande defesa de Victor após cabeceio de Rafael Moura.

Quase na sequência, o Atlético definiu a partida. O argentino Tomás Andrade, que fez a sua estreia no time no segundo tempo, acionou Róger Guedes. Do lado direito da grande área, finalizou rasteiro e cruzado. A bola ainda desviou em Norberto antes de entrar aos 40 minutos.

E o Atlético ainda marcaria mais uma vez, aos 45 minutos, com mais uma assistência de Tomás Andrade, que saiu de campo ovacionado pela torcida, e o gol de Ricardo Oliveira: 3 a 0 e um respiro na crise atleticana.


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