TALLINN, 28 SET (ANSA) – Os líderes dos países da União Europeia se reuniram nesta quinta-feira (28) para um jantar informal em Tallinn, capital da Estônia, com o objetivo de discutir o futuro do bloco, em meio ao crescente descontentamento da população com as políticas de Bruxelas.   

A única ausência no encontro foi a do primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, que está às voltas com uma crise institucional por causa do iminente plebiscito separatista na Catalunha – até a premier do Reino Unido, Theresa May, participou do jantar, que durou quase quatro horas.   

Segundo fontes europeias, os líderes mostraram uma “vontade compartilhada” de manter a unidade do bloco (à exceção de Londres) e destacaram a necessidade de promover uma abertura para “novas ideias”.   

O desejo de união indica a perda de força da proposta para uma Europa com diferentes níveis de integração, como havia sido sugerido pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no início do ano. Outro ponto em comum entre os países é o projeto para “relançar” a UE como resposta ao “Brexit” e assim aplacar os anseios eurocéticos que crescem em outras nações do bloco.   

Nas próximas duas semanas, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, fará consultas com cada um dos Estados-membros para organizar a agenda de reformas, de modo que propostas concretas sejam apresentadas no encontro de líderes marcado para 19 e 20 de outubro, em Bruxelas.   

O desejo reformista na União Europeia ganhou novo impulso com o recente discurso do presidente da França, Emmanuel Macron, na Universidade de Sorbonne, em Paris, praticamente todo dedicado ao bloco. Na ocasião, ele disse que seu objetivo é “fundar uma nova Europa soberana, unida e democrática”.   

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Com Merkel envolvida na formação de um novo governo e preocupada pelo avanço da extrema direita eurocética na Alemanha, Macron tenta ocupar o espaço de principal liderança europeia, apesar da crescente rejeição interna contra seu desempenho na Presidência até o momento.   

A ideia de refundar a UE também é apoiada de maneira entusiástica pela Itália, que desde o governo de Matteo Renzi, sucedido por Paolo Gentiloni, tenta implantar uma agenda reformista em Bruxelas. (ANSA)


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