Para tentar recuperação rápida no São Paulo após a desclassificação na Copa do Brasil, o técnico uruguaio Diego Aguirre vai apostar em dois pilares no jogo deste domingo contra o Ceará, às 16 horas, na Arena Castelão, em Fortaleza, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro: os meias Valdívia e Nenê.

Coincidentemente, os dois marcaram os gols do time na última quinta-feira no empate por 2 a 2 contra o Atlético Paranaense, no estádio do Morumbi, na capital paulista, que culminou com a eliminação tricolor. Isso foi sintomático. Com liberdade para chegar ao ataque e com a missão de finalizar, se tornaram as principais peças ofensivas do uruguaio. “Foi uma desclassificação muito doída, mas temos de olhar para a frente. Precisamos nos recuperar”, disse Diego Aguirre.

Valdívia é uma peça-chave do treinador desde o Internacional de 2015, onde viveu a sua melhor fase. Foi com Diego Aguirre que deixou de ser promessa para ser destaque. Foi artilheiro do time no ano com 19 gols e passou a se dedicar à marcação. No caso de Nenê, sabe que precisa de alguém com habilidade para pensar o jogo. Ele tem visto isso. O veterano é mais vibrante que o peruano Cueva, outra característica que o técnico admira.

Diego Aguirre terá uma carta na manga para enfrentar o time cearense: o atacante Everton, que deverá fazer a sua estreia. Considerado um jogador “espetacular”, na visão do treinador, o ex-flamenguista chega para ser mais contundente, criando uma opção de velocidade pelos lados do campo. Foi bem no primeiro treino, na última sexta-feira, mas ainda não está confirmado como titular.

O reforço de R$ 15 milhões, a contratação mais cara do ano, já avisou que não é artilheiro e sim garçom. “Sou um ponta esquerda. É difícil ponta esquerda ser artilheiro. Minha principal característica é dar assistências”, avisou na apresentação.