O discurso do presidente Jair Bolsonaro na Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira, 24, foi elogiado pelo presidente em exercício, Hamilton Mourão, em palestra no Clube Militar do Rio de Janeiro. “O presidente hoje foi incisivo, direto e soberano”, afirmou Mourão, destacando a parte do discurso em que o presidente falou sobre repercussão mundial devido às queimadas que vêm ocorrendo na região há mais de um mês.

“A Amazônia não é o pulmão do mundo, não é patrimônio da humanidade, é patrimônio brasileiro e compete à gente protege-la”, disse, repetindo a fala de Bolsonaro na ONU.

De acordo com Mourão, queimada na Amazônia é igual 7 de setembro, “todo ano tem”, brincou, lembrando que o período seco no Brasil na região amazônica ocorre entre agosto, setembro e outubro.

Ele afirmou ainda que o governo quer resolver a questão fundiária da região amazônica, que, segundo Mourão, vai custar “milhões de dólares ao governo, e se a Alemanha quiser financiar, tudo bem, será bem-vindo”, disse irônico, depois do governo ter aberto mão dos recursos da Alemanha para o Fundo Amazônia.

Maior democracia do Hemisfério Sul

Em seu discurso, Mourão afirmou a uma plateia repleta de militares que o governo Bolsonaro tem como missão fazer do Brasil “a democracia mais liberal do Hemisfério Sul”.

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Ele destacou que o primeiro passo do governo está sendo “resgatar a gestão econômica”, retirando o peso da “ineficiência do Estado para quem trabalha e produz”. Para o presidente em exercício, o grande número de funcionários públicos são fruto do “aparelhamento de governos anteriores”, e ressaltou que somente o Ministério da Educação tem 100 mil funcionários contratados entre 2007 e 2013.

“Isso é aparelhamento. O presidente Bolsonaro colocou a nossa missão de restaurar e reerguer a pátria, libertando da corrupção e da submissão ideológica, esses são os nossos vetores para fazer do Brasil a democracia mais liberal do Hemisfério Sul, o que gerações e mais gerações desse clube (militar) vieram buscando ao longo dos últimos 100 anos”, declarou.

Sala de situação

O presidente em exercício disse ainda ter ficado surpreso de não encontrar uma sala de situação no Palácio do Planalto, e que seu projeto é implantar uma assim que possível, “e bem baratinha”.

Usada para momentos de crise e para criar estratégias governamentais, a sala de situação seria montada em parceria com a Casa Civil, informou o militar.

“Vamos ensinar a turma da Casa Civil a fazer isso”, disse durante a fase de debates após a palestra no Clube Militar do Rio de Janeiro.


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