O serial killer Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, morreu neste domingo (5) após ser alvo de tiros em Mogi das Cruzes (SP). No ano 2000, enquanto estava preso em na Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, o então detento deu entrevista para a revista ISTOÉ.

Condenado em 1973 a 130 anos de prisão por crimes de homicídio, Pedrinho defendeu na entrevista à revista a implantação de colônias agrícolas para condenados a penas longas. “Em vez de deixar o preso durante 20 ou 30 anos, mais eficiente seria mantê-lo trabalhando para o seu sustento e o da sua própria família. Saía até mais barato para o Estado”, afirmou.

Quando tinha 14 anos, Pedrinho matou o vice-prefeito de Alfenas, Minas Gerais, por ter demitido seu pai, um guarda escolar, na época acusado de roubar merenda escolar. Depois desse crime, Pedrinho cometeu mais de 100 assassinatos, dos quais 47 dentro da cadeia.

“Ninguém aguenta ouvir a barriga do filho roncando de fome”, explicou ao ser questionado sobre as razões da criminalidade. Para ele, os próprios governantes fazem o marginal. Em vez de penitenciária, Pedrinho acreditava que deviam fazer mais creches, hospitais e colégios voltados para as comunidades carentes.

“A elite é um poço de egoísmo. Os ricos olham os pobres com desdém e os presos como se todos fossem o maníaco do parque (Francisco Pereira, motoboy que matou nove mulheres).”

Para Pedrinho Matador, “a sociedade em vez de ajudar empurra o preso para o abismo. O bandido sai pior do que entrou. Depois ficam chorando, reclamando da vida, quando ele barbariza. Não percebe que o resultado não podia ser outro.”

Ainda segundo ele, os bons resultados só dependem de investimento junto aos menores carentes. Na entrevista, ele também fez questão de falar da corrupção policial: “Os falsos policiais se escondem atrás da farda para fazer patifarias. Se dependesse de mim, eu fuzilava todos.”

Quem era Pedrinho Matador?

Preso em 1973, Pedrinho foi condenado a quase 130 anos pelos assassinatos que cometeu. Em 2007, ele conseguiu liberdade provisória. No entanto, voltou a ser preso em 2011, devido as condenações pelos crimes que cometeu dentro da cadeia.

Já em 2018, ele foi posto em liberdade novamente. Desde então, Pedrinho Matador fazia vídeo para as redes sociais, nos quais comentava sobre crimes e se intitula ex-Pedrinho Matador. No ano passado, ele lançou uma autobiografia chamada “Serial killer (?) eu não sou um monstro”.