O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu as críticas sobre sua saúde e afirmou que está “mais forte do que nunca”, em referência às chances de concorrer nas eleições de 2026. A declaração foi dada durante o evento de comemoração do aniversário do PT, no Rio de Janeiro, neste sábado, 22.
Em outubro, Lula sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada e levou ao menos seis pontos para cicatrizar. Dois meses depois, precisou passar por uma cirurgia na região após ser diagnosticado com um sangramento interno.
Internamente, Lula já deixou em aberto a possibilidade de concorrer, ou não, à reeleição no próximo ano. Petistas tentam forçá-lo a se lançar como candidato, enquanto outros aliados, principalmente do Centrão, avaliam que a saúde do presidente pode ser um empecilho. O argumento também é usado pela oposição, que vê os problemas de saúde como alternativa para segurar a candidatura do chefe do Planalto.
Ao comentar o assunto, o petista disse que está bem de saúde e que irá para o enfrentamento contra os adversários na rua. Durante sua fala, Lula defendeu o PT e disse que o partido não será “destruído”.
“Quero dizer a todos aqueles que acham que podem destruir o PT e a integridade de um homem: eu estou mais vivo do que nunca e mais forte do que nunca”, declarou.
“E quem quiser nos derrotar vai ter que ir para o lugar onde a gente sabe combater, que é na rua, conversando com o povo, conversando com mulheres, homens”, concluiu.
Lula ainda exaltou dados do próprio governo, mas admitiu que um de seus ministros não tinha conhecimento das ações do Palácio do Planalto. Ele também defendeu uma mudança de pensamento do PT alinhada ao dos eleitores, como a autonomia trabalhista e a forma como o partido deve se comunicar.
“O PT precisa entender as demandas dos jovens trabalhadores, que preferem trocar a segurança da carteira assinada pela liberdade de fazer a própria jornada de trabalho”, defendeu o petista.
“Precisamos estar atentos às novas formas de comunicação, precisamos ocupar as redes sociais e rebater a desinformação e as fake news com a maior agilidade possível. Não precisamos temer o futuro, precisamos, ao contrário, ajudar a construir um futuro melhor para o Brasil”, ressaltou.