O pintor brasileiro de fama internacional Romero Britto defendeu o desenvolvimento da cultura no Brasil durante entrevista concedida ao Estadão/Broadcast no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta terça-feira, 21. Confessou, no entanto, que não está tão atualizado sobre a vida política no seu País. O pernambucano mora em Miami (EUA) há anos. “Eu realmente espero que a cultura no Brasil envolva mais e mais. É a esperança de todo mundo, porque a cultura é muito importante, assim como a educação”, afirmou.

As declarações ocorrem em um momento de troca no comando da Secretaria de Cultura do Brasil, com a saída de Roberto Alvim e a possível ida da atriz Regina Duarte para o comando da pasta. Nesta segunda-feira, 20, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com a atriz afirmou que “ficou noivo” dela, depois de, formalmente, convidá-la para assumir a área da Cultura. Regina Duarte irá na quarta-feira, 21, à Brasília para fazer um “teste” e conhecer a secretaria.

Questionado sobre se os projetos do governo nessa área estão bem encaminhados, Romero Britto disse estar confiante. “Eu espero que sim, mas não passo muito tempo no Brasil. Ainda tenho laços com o País, não cortei ligação, só não estou a par de tudo”, justificou.

Por outro lado, o artista está bastante aberto ao que ocorre no mundo e disse que voltou a participar do Fórum de Davos após 20 anos. “Nos últimos anos tentei vir, mas sempre tinha alguma coisa acontecendo. Desta vez, fui convidado pelo Schwab para participar do evento de líderes culturais”, disse, se referindo ao fundador e CEO do evento, o alemão Klaus Schwab.

Britto disse que está em um momento em que desenvolve projetos para o mundo todo, mas que tem expandido mais suas atividades na China. “O mercado lá está muito bom. A maior encomenda da minha vida foi na China, há dois anos, para um bilionário. Já entreguei”, contou. No dia 11 de fevereiro, ele fará uma exposição na Castle Galleries, no Covent Garden, em Londres.