ROMA, 23 JAN (ANSA) – O líder opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, pediu nesta quinta-feira (23) apoio internacional contra a “ditadura” imposta por Nicolás Maduro em seu país. A declaração foi dada durante discurso no Fórum Econômico Mundial realizado em Davos, na Suíça, exatamente um ano depois de Guaidó se autoproclamar presidente do país latino. “Hoje, e por isso estamos aqui, não podemos [agir] sozinhos.   

Enfrentamos um conglomerado internacional, criminoso e precisamos de sua ajuda”, afirmou. De acordo com Guaidó, os Estados Unidos, o Grupo de Lima e a Europa estão unidos para realizar uma “eleição livre, real, transparente” na Venezuela, que enfrenta “uma tragédia sem precedentes”.   

“A Venezuela não é um país em guerra. Não ouvimos as bombas, mas sentimos o pranto, a dor das mães”, acrescentou. Guaidó, que prestou novo juramento como chefe de Estado interino da Assembleia Nacional, disse que seu país está enfrentando uma crise de refugiados similar a registrada na Síria. “Existem 5,5 milhões de refugiados venezuelanos que procuram as oportunidades que foram negadas pelo regime”, disse ele. “O único país que expulsou mais cidadãos do que a Venezuela é a Síria, mas ultrapassaremos a Síria se a ditadura continuar”.   

Ontem (22), a União Europeia chegou a expressar seu “apoio” ao líder da oposição venezuelana, que foi recebido pele chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. (ANSA)