Em crise, Guangzhou comunica saída do italiano Fabio Cannavaro

ROMA, 28 SET (ANSA) – O Guangzhou FC, da China, anunciou nesta terça-feira (28) que o ex-zagueiro italiano Fabio Cannavaro não é mais o treinador do clube, cujo futuro é incerto em virtude das dificuldades econômicas do grupo Evergrande.   

Em um comunicado na rede social Weibo, o time chinês revelou que decidiu rescindir o vínculo de Cannavaro “após negociações amistosas”. O Guangzhou ainda agradeceu o comandante italiano pelo seu “imenso esforço”.   

Aos 48 anos de idade, Cannavaro teve duas passagens pelo Guangzhou. A primeira foi na temporada 2014/15, mas acabou sendo demitido depois de 23 jogos. Ele retornou ao time em 2018 e conseguiu conquistar uma Supercopa da China e uma liga local.   

Em uma entrevista à emissora “Sky Sport”, Cannavaro frisou que sua saída não tem relação com a crise financeira da Evergrande.   

“O meu adeus à China não é resultado da crise financeira da Evergrande, eu já tinha decidido isso há alguns meses. Eu estava bem, mas queria voltar para minha família. Sempre fui muito exigente como treinador, a experiência na China foi formativa, sempre treinei jogadores fortes”, explicou o campeão mundial de 2006 pela Itália.   

Além do Guangzhou, Cannavaro também já treinou o Al-Nassr, da Arábia Saudita, e o Tianjin Quanjian, da China. Até o momento, o italiano nunca comandou um clube do continente europeu.   

Maior campeão da Superliga chinesa e casa de diversos jogadores brasileiros, o Guangzhou corre o risco de desaparecer em função da crise da gigante Evergrande, que deve por volta de US$ 300 bilhões a credores.   

Segundo informações da imprensa local, o Guangzhou FC teria um prejuízo anual de US$ 310 milhões. Os problemas financeiros podem se agravar ainda mais com a crise da Evergrande, que estava custeando até a construção do novo estádio do time, paralisada no momento. (ANSA).