A eliminação na semifinal da Copa Sul-Americana para o Atlético-PR, na última quarta-feira, fez parecer que o mundo acabou nas Laranjeiras. O técnico Marcelo Oliveira foi demitido um dia depois e torcedores invadiram o treinamento da última sexta. Mas o “inferno” vai ser conhecido mesmo pelo Fluminense em caso de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

Na 14.ª colocação com 42 pontos, o time tricolor precisa de um empate diante do América-MG, neste domingo, às 17 horas, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, para escapar da Série B. Depender apenas de si é justamente o problema do Fluminense, que não ganha há sete jogos no Brasileirão e está há 762 minutos sem balançar as redes adversárias. Em caso de derrota, precisa torcer por tropeços de Vasco ou Chapecoense, que enfrentam Ceará e São Paulo, respectivamente.

Escolhido para “assumir a bucha” no lugar de Marcelo Oliveira, o auxiliar-técnico Fábio Moreno não tem tempo para realizar mudanças em relação ao time que vinha jogando e, por isso, prometeu “não inventar”. “Não dá e nem é hora de inventar muito. O trabalho é entrar na cabeça do jogador, fazer o simples e um grande jogo. Posso dizer que conhecemos o adversário e sabemos o que temos que fazer. O Fluminense precisa se impor. O momento que passamos é difícil, mas vamos armar uma estratégia para alcançar nosso objetivo”, afirmou.

O trabalho nestes três dias foi focado na questão psicológica. Psicológico esse que ficou ainda mais abalado depois da invasão de torcedores ao CT do clube na última sexta-feira. Cerca de 30 pessoas entraram no gramado quando a atividade, que foi fechada para a imprensa, estava prestes a começar e cobraram os jogadores.

Líderes do elenco – o goleiro Júlio César e os zagueiros Gum e Digão -, o interino Fábio Moreno e o diretor executivo de futebol Paulo Angioni procuraram conversar com os torcedores. A cobrança durou 30 minutos. Para o capitão Gum, no clube há nove anos, o momento é de união. “Foi o que eu disse para os torcedores. Nós precisamos deles para nos manter na elite, caso contrário todos vão perder. É uma decisão e precisamos do apoio da torcida”, enfatizou.

A tendência é que o interino mantenha a base que perdeu para o Atlético-PR por 2 a 0, na última quarta-feira, pela Sul-Americana. Uma mudança possível seria no ataque com a entrada de Everaldo no lugar de Júnior Dutra, bastante criticado pela torcida. A formação também pode ser alterada – do 3-5-2 para o 4-3-3 -, com o lateral-direito Léo na vaga do zagueiro Paulo Ricardo.

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