São Paulo e Corinthians se enfrentam na manhã deste domingo, a partir das 11h, no Morumbi, em clássico importante principalmente para os treinadores. Fernando Diniz busca embalar uma sequência de vitórias para ter tranquilidade. Tiago Nunes, por sua vez, tem sofrido para achar a formação ideal para o time. Pressionados, ambos os técnicos abriram mão de um jogo mais ofensivo para priorizar os resultados positivos.

O São Paulo vem de duas vitórias seguidas, por 1 a 0, sobre Sport e Athletico-PR, que aliviaram as críticas sobre Diniz. O treinador foi bancado pela diretoria e mudou quase metade do time nos últimos dois jogos. A dupla de zaga passou a ser formada pelos jovens Diego Costa e Léo, com Arboleda e Bruno Alves no banco. Contratado no dia 18 de agosto, o atacante Luciano virou titular e marcou os gols das duas últimas vitórias. No meio de campo, Gabriel Sara tem ganhado chances.

Diniz chegou a citar o livro Dom Quixote, clássico de Miguel de Cervantes, para analisar a mudança de postura da equipe. No livro, o personagem passa a viver uma realidade paralela de tanto ler romances de cavalaria. Na vida real do São Paulo, em vez de apresentar um futebol mais vistoso, o que interessa agora é a vitória.

“Às vezes as pessoas fazem distinção do ideal. Ideal é ganhar. Não vou idealizar uma coisa que não vai acontecer, como Dom Quixote. Se for preciso usar essa prerrogativa para vencer, vai ser usada. Não é a minha preferência, mas, sempre que precisar, tem de fazer, porque o objetivo de todos é vencer”, afirmou o treinador.

Para o clássico, Diniz terá dois desfalques importantes: o lateral-esquerdo Reinaldo cumpre suspensão, enquanto Daniel Alves fraturou o antebraço e não tem prazo para voltar a jogar. A tendência é de que Léo retorne para a lateral-esquerda e abra um espaço na zaga para Arboleda ou Bruno Alves. No meio, Hernanes pode ter oportunidade como titular.

No Corinthians, Tiago Nunes também vive indefinição sobre a formação ideal. Após o vice no Paulistão, a equipe soma cinco pontos em quatro jogos do Brasileirão. Na última partida, Luan entrou no segundo tempo e marcou o gol que garantiu apenas o empate com o Fortaleza. Após o duelo em Itaquera, o treinador se mostrou incomodado com as críticas.

“A equipe também quase ganhou, então esse detalhe do quase perdeu ou quase ganhou é uma diferença de metros. Busco olhar o lado positivo de que criamos muitas chances, mas a questão é do aproveitamento. Quem jogou bola sabe, quem conhece o vestiário sabe, é momento de a bola entrar para fazer a diferença. Estou satisfeito pela entrega dos jogadores, estamos no caminho certo”, disse.

Tiago Nunes deve mexer na ataque corintiano para o clássico. Mateus Vital e Luan podem surgir entre os titulares. A expectativa fica pela estreia do venezuelano Otero, que não saiu do banco de reservas na quarta.