Festa holandesa na última prova da temporada 2017/2018 da Volvo Ocean Race. O barco Team Brunel, comandado pelo local Bouwe Bekking, venceu neste sábado a regata in-port em Haia, na Holanda. A equipe dominou a disputa do começo ao fim, cruzando 33 segundos à frente dos chineses do Dongfeng Race Team e quase 1 minuto do AkzoNobel, que conta com a brasileira campeã olímpica Martine Grael.

O resultado não mudou o campeão da In-Port Race Series, mas deu ao Team Brunel o terceiro lugar na tabela de classificação, passando o AkzoNobel. O espanhol MAPFRE, que chegou em quinto lugar em Haia, já havia entrado como vencedor da competição paralela das regatas costeiras. A vantagem dos comandados de Xabi Fernández para o Dongfeng Race Team era maior do que os 7 pontos dado ao vencedor.

“Muito feliz pelo resultado, principalmente pelo público holandês que veio nos ver. Foi aqui que comecei a minha carreira e foi bom terminar aqui”, disse Bouwe Bekking.

Uma mudança também aconteceu na parte inferior da tabela de classificação. Com o quarto lugar em Haia, o Turn The Tide on Plastic, barco da ONU, fechou o evento em sexto lugar. A equipe de Dee Caffari precisava do resultado para ganhar uma posição também no geral.

Lembrando que o grande campeão da Volvo Ocean Race foi o Dongfeng Race Team, que somou 72 pontos, seguido por MAPFRE, com 70, e Team Brunel, com 69. A equipe da brasileira Martine Grael terminou em quarto, com 59. As in-ports, que foram disputadas em 10 etapas, serviram como desempate na pontuação final.

PRÓXIMA EDIÇÃO EM 2021 – A competição, que acontece a cada três anos, começou em 11 de outubro do ano passado, quando os barcos deixaram o porto de Alicante, na Espanha. De lá para cá, velejaram cerca de 45 mil milhas náuticas (81 mil quilômetros), passaram por 10 países, entre eles o Brasil, em Itajaí, no litoral de Santa Catarina.

A temporada 2017/2018 da Volvo Ocean Race entra para a história como a mais disputada nos 45 anos de história. Outro acontecimento marcante na atual edição foi a morte do tripulante britânico John Fisher, da equipe chinesa Sun Hung Kai/Scallywag. Durante a etapa entre Auckland, na Nova Zelândia, e o Brasil, considerada a mais difícil de toda a temporada, ele desapareceu no mar.

A próxima edição foi confirmada para começar em 2021 e contará com um novo dono. A Volvo deixará o comando da disputa após 20 anos para a entrada do Atlant Ocean Racing Spain, de Richard Brisius, Johan Salén e Jan Litborn, executivos que já estão nos bastidores do eventos há quase 30 anos.