Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra Jair Bolsonaro (PL) na campanha de 2018, escreveu uma carta na qual pede que o Supremo Tribunal Federal (STF) avalie se sua internação sem data para acabar é inconstitucional. As informações são do Uol.

Preso na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), Adélio contestou a decisão da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, que em junho de 2019, converteu a prisão preventiva de Adélio em medida de segurança, uma internação por tempo indeterminado.

Na carta, o autor do atentado contra Bolsonaro argumenta que não pode ficar isolado por mais tempo do que prevê a lei. Atualmente, a detenção máxima é de 40 anos. Caso o pedido de Adélio seja ajuizado pela Defensoria Pública e os ministros do STF julguem favoravelmente a tese, Adélio ficaria internado, no máximo, até 2058, quando teria 80 anos.

Em outra carta, Adélio reclama da quantidade de medicamentos que toma e diz que quer mudar seu tratamento médico. Na penitenciária, ele é atendido por médicos psiquiatras, mas na carta pede que seja atendido só por psicólogos.

Conforme o Uol, a defesa de Adélio hoje é feita pela Defensoria Pública da União. No entanto, o ex-advogado dele, Zanone Manuel Júnior, é intimado como curador quando são feitas solicitações ao réu.