A linguagem dos emojis consiste em uma modalidade de comunicação digital que surgiu no Japão e se popularizou nos dispositivos móveis. Hoje, é quase impossível não trocar mensagens por WhatsApp com um “Lol” (lots of laughs, muitos risos) acompanhado por um boneco sorridente ou uma mão apontando para o alto ou dando Ok, entre outras figurinhas. Trata-se de uma linguagem de representação pictográfica que lembra os hieróglifos egípcios. Mas é possível escrever livros ou produzir teses ou apresentações utilizando os emojis?

Segundo a linguista americana Gretchen McCulloch, o caminho natural dos emojis será chegar em breve à universidade e à linguagem científica. Seu livro “Because Internet- Understanding the new rules of language” (Por causa da internet – entendendo as novas regras de linguagem), lançado pela editora americana Riverhead Books, defende que os emojis têm potencial de evoluir para o registro erudito. Na alta literatura, a prática já se popularizou. Um estudante americano lançou neste ano a tradução do romance “Moby Dick”, de Herman Melville em emoji, intitulada “Emoji Dick”.

Outras experiências deverão se seguir, prevê McCulloch, que estuda outras manifestações linguísticas da era da informação. “A internet não está apenas alterando a forma pela qual usamos a linguagem: está mudando a forma como pensamos nela”, diz ela ao The New York Times.

Em breve, teses acadêmicas em emoji