Em baixa depois de três derrotas consecutivas, o Santos tenta recuperar o fôlego na briga pelo G6 do Campeonato Brasileiro e tem pela frente o vice-lanterna América-MG neste domingo, às 17 horas, no estádio Independência, em Belo Horizonte, pela 35.ª rodada.

Depois de uma arrancada considerável que deixou a equipe muito perto de assumir a sexta posição, que dá vaga à fase preliminar da Copa Libertadores do próximo ano, o Santos foi derrotado de forma consecutiva por Palmeiras, Chapecoense e Flamengo, igualou a sua pior sequência no Brasileirão e estacionou nos 46 pontos, mais distante de um lugar na competição sul-americana.

Com um elenco enxuto, o Santos tem sentido os desfalques e o desgaste físico nas últimas partidas. No duelo em Belo Horizonte, o técnico Cuca terá novamente de se virar para achar soluções em meio a uma lista extensa de baixas.

Cuca não terá à disposição novamente os estrangeiros Carlos Sánchez, Derlis González e Bryan Ruiz, que estão com suas seleções nacionais; Lucas Veríssimo, Luiz Felipe e Felippe Cardoso, machucados; e Yuri, suspenso. Dodô, substituído no último embate contra o Flamengo em razão de uma torção no joelho esquerdo, é dúvida.

A tendência é a de que Dodô não jogue. Cuca, então, terá que improvisar na lateral esquerda, assim como tem feito na zaga. O meia Jean Mota, que já atuou no setor, é o mais cotado para ir a campo. Na defesa, por outro lado, é possível que a improvisação seja suspensa com a escalação do jovem Kaique Rocha, recém-promovido da equipe sub-17 e que pode fazer sua estreia pelo time profissional. Com as lesões, o técnico chegou a escalar Alison e Yuri na retaguarda.

Se o improviso na zaga pode cessar, no meio de campo é provável que continue. Carente de um armador, já que Sánchez está com a seleção do Uruguai, o Santos deve ter novamente um atacante recuado para atuar na armação das jogadas. Rodrygo, encarregado da função contra o Flamengo, e Arthur Gomes, são os mais cotados. No comando de ataque, Gabriel, artilheiro da competição, tenta se recuperar da fraca atuação no estádio do Maracanã, em que perdeu um pênalti e uma chance clara de gol, dentro da pequena área.

A falta de criatividade, aliás, tem sido o maior problema da equipe nos últimos jogos. A fragilidade defensiva, a baixa produção ofensiva e a quantidade elevada de chances desperdiçadas, também têm atrapalhado a equipe, que voltou a se assemelhar com o time treinado por Jair Ventura e que flertava com a zona de rebaixamento.