Em ato falho, Bolsonaro comemora participação em morticínio

Coluna: Ricardo Kertzman

Ricardo Kertzman é blogueiro, colunista e contestador por natureza. Reza a lenda que, ao nascer, antes mesmo de chorar, reclamou do hospital, brigou com o obstetra e discutiu com a mãe. Seu temperamento impulsivo só não é maior que seu imenso bom coração.

Em ato falho, Bolsonaro comemora participação em morticínio

Em ato falho, Bolsonaro comemora participação em morticínio

Responsável direto, através de falas e atitudes homicidas, pela morte de brasileiros, o sócio do coronavírus, consorte da Covid praticamente assumiu, ainda que por ato falho, sua culpa por 400 mil CPF’s cancelados. Como pensa que é Deus, inconscientemente crê ser capaz de tanto. Exagera. Ajudou a matar “apenas” parte.

Em passeio a Manaus, cidade que viveu uma das maiores tragédias durante a pandemia, o devoto da cloroquina, cujo governo levou amazonenses à morte por asfixia, foi visitar Sikêra Jr. e posou para fotos, sorridente, com uma placa em alusão a quem morreu em suas mãos. O duplo sentido aqui é mais que proposital.

O verdugo do Planalto não conhece limites quando o objetivo é debochar dos brasileiros enlutados. Bolsonaro busca, a cada aparição pública, pisotear, humilhar, enxovalhar a dor de quem se tornou órfão, viúvo ou perdeu um filho ou irmão para a Covid-19. Este senhor eleva ao estado da arte a crueldade humana.

Além da absoluta falta de empatia pelo sofrimento da população, o gesto comprova a tese de que o maníaco do tratamento precoce sofre de severas psicopatia e sociopatia, e que já não reúne a menor condição – nunca reuniu, é verdade – de presidir o Brasil. É surpreendente que ainda esteja como chefe de Estado.