Em abaixo-assinado, Chico Buarque e personalidades pedem que Lula rompa com Israel

- AFP
Homem carrega bandeira palestina em 2 de agosto de 2024 em Doha Foto: - AFP

Artistas, políticos e movimentos sociais assinaram nesta quarta-feira, 28, uma carta aberta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedindo para que o Brasil rompa suas relações diplomáticas e comerciais com Israel. O documento afirma que as medidas devem ser tomadas por conta de um “genocídio em Gaza”.

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A carta foi assinada por personalidades como Chico Buarque, Chico Diaz, Manuela D’Ávila, Giovanna Nader, Gregorio Duvivier, Vladimir Safatle, Emir Sader e Paulo Sérgio Pinheiro.

O documento aponta que nos últimos meses, foi observada uma “crescente violência imposta pelo estado sionista de Israel aos civis palestinos”.

Ainda, a carta cita “o bloqueio desumano e cruel que ameaça a vida de 2,3 milhões de pessoas em Gaza, em especial 14 mil bebês que se encontram em risco iminente de morte” como justificativa para as medidas contra Israel.

Também assinaram o documento movimentos sociais, sindicatos, deputados estaduais e federais, vereadores e organizações árabes. Entre os signatários estão Guilherme Boulos (PSOL-SP), Luiza Erundina de Sousa (PSOL-SP) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP), além de entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) e a Associação Islâmica de São Paulo.

“É hora de nosso país dar o exemplo de cumprimento do direito internacional. […] É indispensável que o Brasil se junte às demais nações que aplicaram sanções ao regime israelense”, está escrito no documento.

Conforme a carta, o Brasil segue exportando petróleo ao governo de Benjamin Netanyahu, além de negociar a compra e venda de equipamentos militares com Israel e suas empresas.

No domingo, 25, Lula voltou a chamar a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza de “genocídio” e “vingança”, após um ataque aéreo matar nove filhos da médica palestina Alaa Al-Naijar.

Em fevereiro de 2024, Netanyahu declarou Lula como “persona non grata” após o presidente brasileiro comparar a ofensiva em Gaza ao Holocausto nazista.

*Com informações da Ansa