O governo paulista gastou R$ 1,73 bilhão, nos últimos oito anos, para tentar despoluir o Rio Tietê. Os dados, que foram divulgados nesta quarta-feira (22), fazem parte de um levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP).

De acordo com os dados, no período de 2011 a 2019, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fechou 31 contratos, que totalizam, em valores atuais, R$ 2,31 bilhões, dos quais R$ 1,73 bilhão já foram pagos.

As obras do Programa de Despoluição do Rio Tietê são concentradas em 21 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Segundo o TCE, os trabalhos estão focados no aprimoramento e expansão da infraestrutura de saneamento básico, especialmente do esgotamento sanitário (coleta, transporte e tratamento de esgoto).

“As obras incluem diversos serviços para construção de interceptores, coletores troncos, redes coletoras e estações de tratamento de esgoto (ETEs), evitando que os efluentes cheguem ao Rio Tietê sem o devido tratamento e, consequentemente, diminuindo o nível de poluição do rio”, destaca o tribunal.

O levantamento do TCE faz parte de uma ferramenta do tribunal chamada Painel do Tietê, que mostra a evolução e resultados de todos os contratos feitos para a despoluição do rio, e pode ser acessada no Painel do Tietê na internet.

O painel exibe ainda o resultado das medições da qualidade da água feitas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) ao longo dos anos e do nível de saneamento básico dos municípios em que o Tietê é receptor da carga poluidora.

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O Rio Tietê cruza a Região Metropolitana de São Paulo e percorre mais de 1.100 quilômetros, passando por 62 municípios ao longo de seu curso. As nascentes ficam em Salesópolis, no interior paulista, e a sua foz no rio Paraná, na divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul.


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