Entre 2010 e 2020, 85 pessoas albinas morreram por questões relacionadas ao albinismo. Do total de mortes, 24 (28%) tiveram a condição como causa básica e outros 61 (71,8%) tiveram o albinismo como causa associada ao óbito.

O albinismo é uma condição genética que pode provocar problemas visuais, mais sensibilidade para efeitos do sol (como queimaduras) e lesões e neoplasias na pele. Os dados foram divulgados em um Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde sobre o tema, divulgado hoje (27).

Os estados com mais mortes no período analisado foram Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia. Na distribuição por faixa etária, 31,36% tinham menos de 5 anos, 27,32% eram de faixas etárias entre 15 e 49 anos, 16,19% tinham mais de 60 anos e 11,13% estavam no grupo de 5 a 14 anos.

Recomendações

O Boletim Epidemiológico traz um conjunto de recomendações para fortalecer a saúde desse público. É preciso fomentar o diagnóstico precoce e formar profissionais de saúde para avaliar a relação entre os óbitos e essa condição, bem como o registro no sistema de informações.

O documento indica a importância de melhorar o registro de dados sobre o albinismo nos sistemas de informação do Ministério da Saúde, bem como a capacidade dos gestores e trabalhadores assegurarem a captação desses dados em todo o território nacional.

Albinismo

Segundo o documento, o albinismo é uma “condição de origem genética caracterizada pelo déficit na síntese e distribuição de melanina (proteína cuja principal função é conferir proteção contra radiação solar) na pele, pelos e olhos”.

A condição pode ocorrer como uma síndrome, situações mais raras, ou sem essa característica sindrômica, como o albinismo ocular. No Brasil, a estimativa de estudos é que o albinismo seja mais comum em regiões com maior incidência de afrodescendentes.