Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) – O bilionário norte-americano Elon Musk virá ao Brasil nesta sexta-feira e se reunirá com o presidente Jair Bolsonaro durante um evento para tratar de conectividade na Amazônia.

A vinda do empresário ao país foi confirmada no Twitter pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o encontro dele com Bolsonaro foi anunciado na mesma rede social horas depois pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

“A convite do ministro das Comunicações, Fábio Faria, o empresário @elonmusk chega ao Brasil nessa sexta-feira para tratar com o governo brasileiro sobre Conectividade e Proteção da Amazônia”, escreveu Faria na rede social.

Faria não mencionou o encontro entre Bolsonaro e Musk, mas em outro tuíte afirmou que o governo terá nesta sexta um evento sobre conectividade na Amazônia com presença de Bolsonaro.

Entretanto, horas depois, Nogueira anunciou que o presidente se reunirá com o presidente-executivo da fabricante de carros elétricos Tesla e da empresa espacial SpaceX.

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“Está no Brasil, a convite do ministro @fabiofaria, o empresário @elonmusk, da Tesla. A busca de projetos de tecnologia em favor dos brasileiros é o que move o ministro, que mais uma vez na vanguarda promove proveitoso encontro com o presidente @jairbolsonaro, em que estarei presente”, escreveu o ministro na rede social.

Em sua transmissão ao vivo nas redes sociais na quinta, Bolsonaro disse que iria se reunir com uma pessoa “reconhecida internacionalmente” nesta sexta.

“Teremos um encontro com uma pessoa reconhecida internacionalmente que está vindo ajudar nossa Amazônia”, disse.

A agenda pública e oficial do presidente para esta sexta, no entanto, não informa sobre sua participação em evento sobre conectividade na Amazônia, tampouco sobre um encontro com Musk.

Musk fez recentemente uma oferta para assumir o controle do Twitter, em um movimento que foi comemorado por Bolsonaro e por seus apoiadores.

O presidente teve na rede social uma importante plataforma durante a campanha que o elegeu em 2018 e publica frequentemente na rede. Candidato à reeleição neste ano, Bolsonaro deve novamente ter nas redes sociais uma ferramenta-chave de campanha.

Musk tem sinalizado uma mudança de seu posicionamento político em direção à direita. Na quarta-feira ele afirmou em um tuíte que anteriormente havia votado no Partido Democrata, do atual presidente dos EUA, Joe Biden, mas que agora votará no Partido Republicano, do ex-presidente Donald Trump, de quem Bolsonaro é fã declarado.

“No passado eu votei nos democratas, porque eles eram (em sua maioria) o partido da bondade. Mas eles se tornaram o partido da divisão e do ódio, então não posso mais apoiá-los e votarei nos republicanos”, escreveu Musk.

O bilionário se reuniu com Faria em novembro, nos EUA, e na ocasião os dois discutiram o uso da tecnologia da SpaceX para levar internet a escolas de áreas rurais e para ajudar a combater o desmatamento da Amazônia.

Atualmente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao governo federal, monitora o desmatamento da floresta por satélites, incluindo alertas em tempo real. No passado, Bolsonaro questionou, sem apresentar evidências, a confiabilidade dos dados do Inpe, após o instituto apontar crescimento do desmatamento da Amazônia, gerando pressão internacional sobre seu governo.

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