O fundador da Tesla, Elon Musk, fechou um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) americana e abandonará a presidência do conselho de administração da empresa, mas permanecerá no cargo de CEO, disse o ente regulador neste sábado.

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“Os acordos, sujeitos à aprovação judicial, darão como resultado um governo corporativo integral e outras reformas na Tesla – incluindo a destituição de Musk como presidente da junta da Tesla – e o pagamento por parte de Musk e da Tesla de sanções financeiras” de 20 milhões de dólares cada, informou a SEC em um comunicado.

Como CEO, continuará sendo responsável pelas operações da companhia, que atravessa um período delicado.

Na quinta-feira, a SEC acusou Musk oficialmente de ter induzido a erro os investidores quando disse, em um tuíte de 7 de agosto, que pretendia retirar seu grupo da bolsa quando a ação chegasse a 420 dólares, e que já tinha tomado as providências do caso para financiar a operação.

Mas o que Musk disse era “falso e enganoso”, apontou a SEC, e na noite de quinta-feira passada o denunciou por fraude e pediu que ele fosse proibido de dirigir a empresa.

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As ações da Tesla tiveram uma queda imediatamente após o anúncio do ente regulador, e perderam 14% na sessão seguinte da bolsa.

Musk alegava que o plano de retirar a Tesla do mercado de valores existia, mas que foi ele quem o descartou.

Segundo o acordo, o magnata sul-africano não poderá ser elegível como presidente da junta por um período de três anos e será substituído por um “presidente independente”, enquanto dois “diretores independentes” têm que ser nomeados pela Tesla, disse a SEC.

Dessa maneira, o organismo poderá garantir que o excêntrico proprietário da Tesla seja supervisionado de forma mais eficaz por seu conselho de administração.

“O pacote total de soluções e ajudas anunciado hoje foi especificamente criado para abordar a má conduta em questão mediante o fortalecimento do governo corporativo e a supervisão da Tesla para proteger os investidores”, explicou no comunicado Stephanie Avakian, codiretora de aplicação da SEC.

“A resolução tem como objetivo evitar uma maior alteração do mercado e danos aos acionistas da Tesla”, disse o codiretor da SEC, Steven Peikin.

O grupo está se aproveitando atualmente da atração gerada por Musk, visto por muitos como um inquieto visionário.

A Tesla vale em Wall Street mais que a segunda fabricante de automóveis dos Estados Unidos, Ford, apesar da empresa só ter ganhado dinheiro durante dois trimestres em 15 anos.


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