O Exército de Libertação Nacional (ELN) afirmou, nesta sexta-feira (1º), na Colômbia que suas estruturas libertaram “todas as pessoas” que permaneciam reféns da guerrilha “por motivos econômicos”.

“O Comando Central orientou a libertação de todas as pessoas privadas de liberdade por motivos econômicos, e a orientação foi integralmente cumprida”, anunciou a guerrilha, em comunicado divulgado nesta sexta-feira (1°) na rede social X por sua delegação de paz, que mantém diálogos com o governo.

“Estamos cumprindo a suspensão unilateral e temporária” de hostilidades que o grupo armado e o governo renovaram em janeiro, ao fim da sexta rodada rodada de negociações de paz em Havana.

No fim do ano passado, os delegados do presidente esquerdista Gustavo Petro entregaram ao ELN, na Cidade do México, uma lista com o nome das pessoas que os rebeldes tinham em seu poder e lhes pediu que as libertassem.

No fim do ano passado, a guerrilha e o governo concordaram na capital mexicana com “a suspensão das retenções com fins econômicos” na Colômbia, após a crise gerada pelo sequestro do pai do jogador de futebol Luis Díaz, mantido em cativeiro por 12 dias até a sua libertação, em novembro. Desde então, as negociações de paz sofreram reveses.

No último dia 20, os rebeldes anunciaram “o congelamento” dos diálogos, alegando violações do acordo. Seis dias depois, as partes anunciaram em Havana que irão retomar o processo.

Primeiro esquerdista a chegar ao poder na Colômbia, Petro aposta em uma saída final negociada para seis décadas de conflito armado e violência, que já fizeram mais de 9 milhões de vítimas.

Em serviço desde 1964, o ELN conta com uma força de 5.800 combatentes e uma ampla rede de colaboradores, segundo a inteligência militar.

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