MILÃO, 4 MAI (ANSA) – A gestora de investimentos norte-americana Elliott garantiu nesta sexta-feira (4) a maioria dos assentos no conselho de administração da TIM, em meio a uma acirrada disputa contra o grupo francês Vivendi, principal acionista da empresa italiana. Com a vitória, o fundo ganha o direito a 10 vagas no conselho, postos que serão ocupados por nomes como Fulvio Conti, Alfredo Altavilla e Luigi Gubitosi, enquanto que a Vivendi ficará com cinco. “Uma vitória para todos os acionistas. Um novo capítulo se abre para o grupo”, afirmou uma nota da gestora dos EUA. As ações da TIM, que caíam 0,8% na Bolsa de Milão antes da votação, fecharam o pregão com alta de 2,15%.   

O resultado da reunião foi bem recebido pelo ministro do Desenvolvimento Econômico da Itália, Carlo Calenda. “É importante que a Tim se torne uma verdadeira empresa aberta, que os conflitos de interesses com os acionistas não a prejudiquem mais e que acelere a separação da rede”, escreveu no Twitter.   

O governo italiano, por meio da empresa Cassa Depositi e Prestiti (CDP), dona de 4,9% da TIM, votou na lista apresentada pela Elliott. A assembleia de sócios acontece após a renúncia do presidente Arnaud De Puyfontaine e de mais sete membros do conselho de administração, em meio às disputas com o fundo norte-americano, que questiona abertamente a gestão da Vivendi na empresa.   

O único ponto em comum entre os dois lados parece ser o apoio à manutenção do CEO Amos Genish, que teve sua estratégia aprovada por unanimidade no conselho. “A Vivendi não pretende se desvincular da TIM e apoia Genish e sua estratégia industrial de longo prazo. Seremos muito cuidados e vigilantes para que a estratégia não mude”, explicou Simon Gillham, diretor de comunicação do grupo francês. (ANSA)