A Azul deve ganhar relevância no mercado doméstico com a proposta não-vinculante para a aquisição de certos ativos da Avianca Brasil, por US$ 105 milhões, segundo Gabriela Moro, analista da Eleven Financial Research. Com o negócio a empresa deve se tornar a segunda maior aérea do País. Segundo a analista, caso seja aprovada, a aquisição dos slots muda consideravelmente o cenário para a Azul, que detém 5% dos slots em Congonhas e com acordo passaria a ter 12%. “Ela deve aumentar esse market share também no Santos Dumont (RJ) de 27% para 40% e em Guarulhos de 11% para 22%”, acrescentou em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Gabriela lembra também que no começo de fevereiro a Azul reforçou o plano de renovação da frota e agora espera encerrar 2019 com 32 aeronaves A320 Neo em operação. A estimativa anterior era de 27 aeronaves. “Com o acordo acredito que a aérea pode diminuir o volume de entregas esperadas para 2019 também, assim como do A320 Neo, considerando a entrada de 30 aviões A320 da Avianca”, pondera a analista.

Além disso, diz a analista, a Azul consegue evitar que os outros players ganhem força e tem a opção de crescer em outras regiões. “A própria Azul já sinalizou que os novos slots não vão ser direcionados para rotas internacionais, apenas rotas domésticas”, acrescentou. As ações da Azul fecharam o pregão desta segunda-feira, 11, em alta de 6,45% na bolsa paulista.