Eletronuclear suspende demissões e reabre PDV após mais uma liminar do Sintergia/RJ

O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro (Sintergia/RJ) obteve nova liminar para a reintegração dos trabalhadores demitidos na Eletronuclear. A decisão também impede que novas demissões sejam feitas, informou a entidade, que já havia obtido a mesma decisão em abril, mas que foi revogada pela própria juíza da 8ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho.

Desta vez, a sentença foi assinada pela juíza Patrícia Ribeiro, da 29ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, e prevê multa de R$ 5 mil por trabalhador/dia, se a decisão emitida em 14 de maio não for executada, limitado no momento a R$ 500 mil. O prazo para o cumprimento foi estipulado em 48 horas.

Segundo a Eletronuclear, os avisos prévios foram cancelados e os empregados não chegaram a ser demitidos. “A ação tramitou na Justiça, mas, paralelamente, as questões envolvidas foram sendo resolvidas no âmbito do Acordo Coletivo do Trabalho (ACT)”, informou a estatal.

A empresa disse ainda, que o Programa de Demissão Voluntária (PDV) será reaberto, para que os empregados que desejam deixar a empresa possam aderir.

A Eletronuclear vem tomando medidas de austeridade administrativas para tentar enxugar a empresa e torná-la mais atraente para investidores, com objetivo de finalizar a usina nuclear Angra 3. Rumores dentro da empresa, porém, indicam que o presidente da estatal, Raul Lycurgo, que iniciou as demissões, também estaria para ser demitido.

Perguntada sobre a possível saída de Lycurgo, a empresa não retornou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) até o fechamento deste texto.