Eletrobras anotou provisões operacionais totais de R$ R$ 1,092 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O montante, porém, é 57,6% menor em relação aos R$ 2,578 bilhões registrados em igual etapa de 2018. Em nove meses, as provisões somaram R$ 3,121 bilhões, acima das R$ 2,38 bilhões anotadas entre janeiro e setembro do ano passado.

Do total, R$ 690 milhões se referem à provisão relativa aos créditos da Conta Consumo de Combustíveis (CCC) cedidos pela Amazonas Energia à Eletrobras, no processo de privatização da distribuidora, porém ainda não reconhecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) até o momento. A questão deveria ser pacificada com a Medida Provisória 879/2019. No entanto, o texto foi rejeitado pelo Congresso e não convertido em lei. No ano, esse item soma provisão de R$ 1,676 bilhão, sem correspondente no terceiro trimestre do ano passado.

Adicionalmente, a companhia registrou no terceiro trimestre provisões para contingências no montante de R$ 417 milhões, sendo R$ 269 milhões referentes aos processos relacionados aos empréstimos compulsórios. Em nove meses, os empréstimos compulsórios somam R$ 449 milhões.

A Eletrobras destacou, ainda, a provisão de R$ 354 milhões relativa ao Desligamento de Terceirizados de Furnas. Conforme a companhia informou anteriormente, a estatal realizará o desligamento de 1.041 terceirizados, a um custo total estimado de R$ 437 milhões. A companhia calculou que o payback levará cerca de 1,5 ano.

As provisões foram compensadas pela reversão de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) da conta de Reserva Geral de Reversão devidos por terceiros de R$ 433 milhões.

A Eletrobras não registrou impairment (baixa contábil de ativos) no trimestre, mas informou que os testes serão realizados no quarto trimestre.