30/08/2024 - 12:43
O ministro venezuelano do Interior, Diosdado Cabello, informou que a “rede” da Venezuela “já começou a ser energizada”, após um apagão que deixou o país inteiro sem luz e que “alguns setores” de Caracas começaram a receber fornecimento de eletricidade.
“Todos os serviços estão sendo checados, estão sendo revisados”, disse Cabello ao canal estatal VTV. “Já começa a se energizar a rede e alguns setores daqui de Caracas começam a receber energia elétrica.”
“É um processo que vai ocorrendo pouco a pouco, mas é um processo que está sendo feito com segurança para não cair em erros”, ressaltou.
No gigantesco bairro de Petare, por exemplo, havia luz no meio da manhã, embora em outros setores o apagão continuasse. Já em algumas áreas como Chacao, de classe média, o retorno da eletricidade durou apenas alguns minutos.
O apagão, que afetou de forma “total ou parcial” todo o país, foi considerado uma “sabotagem” pelo governo. As falhas no sistema são frequentes há uma década. O pior desses apagões ocorreu em março de 2019 e se prolongou por vários dias, deixando o país às escuras.
“Temos total tranquilidade no país”, assegurou Cabello. “Os órgãos de segurança saíram imediatamente para patrulhar sem nenhum tipo de problema.”
O governo do presidente Nicolás Maduro normalmente atribui essas falhas a planos orquestrados pelos Estados Unidos e pela oposição para derrubá-lo. No entanto, líderes opositores e especialistas que não concordam com a teoria das sabotagens responsabilizam o governo por falta de investimento, incompetência e corrupção.
“Eles (oposição) não conseguiram alcançar seus objetivos como esperavam”, continuou o ministro, “que o país estivesse incendiado um mês depois das eleições; pelo contrário, o país está em completa calma, tudo aqui está funcionando.”
Ele se referia às eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais Maduro foi proclamado vencedor para um terceiro mandato de seis anos. No entanto, a oposição liderada por María Corina Machado considerou a eleição fraudulenta, uma denúncia que, segundo o governo, serve de pretexto para impulsionar um suposto golpe de Estado.
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