Elenco de ‘DNA do Crime’ comenta os desafios dos personagens e novidades da série

Em entrevista à IstoÉ Gente, atores da produção da Netflix falaram sobre o que esperar da 2ª temporada

Reprodução/Netflix
Seriado retoma a história dos polícias federais Benício e Suellen Foto: Reprodução/Netflix

Após pouco mais de um ano, “DNA do Crime”, uma das séries brasileiras de maior sucesso da Netflix, estreia sua segunda temporada na próxima quarta-feira, 4.

Inspirado em crimes reais, o seriado retoma a história dos polícias federais Benício (Rômulo Braga) e Suellen (Maeve Jinkings) em sua batalha para desarticular uma perigosa quadrilha.

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Com oito episódios, a primeira parte da produção foi finalizada com um gancho importante: o Embaixador – líder de uma grande facção criminosa – conseguiu sua “liberdade” da prisão com a ajuda do corrupto Guilherme, de Isaac e da Quadrilha Fantasma.

Enquanto isso, Benício conquistou sua tão esperada vingança ao prender Sem Alma.

Em entrevista à IstoÉ Gente, os atores Maeve Jinkings (Suellen), Rômulo Braga (Benício), Alex Nader (Isaac) e Thomás Aquino (Sem Alma) conversaram sobre a caracterização de seus personagens e o que podemos esperar com o lançamento da segunda temporada.

Mocinhos

“O Benício é apresentado como alguém que não se dá bem com nenhum parceiro, porque ele está em uma autonomia de busca por justiça pelas próprias mãos pela morte do parceiro [Santos]”, começou Rômulo, sobre uma possível evolução do personagem na nova temporada.

“Ou seja, ele transforma o luto dele em vingança. Então, durante a primeira temporada inteira, ele é um personagem que está nesse movimento.”

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“Na segunda temporada, ele aparece mais resignado, porque já não está mais nesse processo de luto. Ele aparece com essa resignação, com essa leveza, com essa maturidade de ter vivido tudo o que viveu. Mas acho que o personagem continua em trabalho”, completou.

O ator também destacou a forte relação de amizade entre o policial e sua parceira Suellen, além do respeito pelas figuras femininas em geral, tema bastante abordado na produção.

“Ele está sempre atento nos movimentos dela, nos movimentos psíquicos dela. Então, ele vai se alimentando desse processo de transformação dessa parceira”, afirmou.

“Ele não é o paladino do anti-machismo. Mas eu acho que, ao contrário do Gomes e do Saldanha, na representação do Gomes e do Saldanha, o Benício não tem problema com esse tipo de chefia [feminina].”

Maeve, por sua vez, destacou a importância da agente como representante de dilemas presentes na sociedade atual – especialmente no imaginário feminino -, como o equilíbrio entre a maternidade e o trabalho.

“Muita mulher me escreveu dizendo: ‘eu me inscrevi no concurso da Polícia Federal depois que eu vi [a série]’. É fundamental e me interessa muito que a Suelen esteja ali debatendo maternidade, que é um dilema não só de policiais, mas de qualquer profissional, qualquer mulher.”

“‘Ah, mas e aí? Você não vai ser mãe? Ou quando você for mãe, como é que você vai fazer?’. Qualquer profissional vive esse dilema. Me comove poder abordar esse assunto e perceber o impacto que isso tem no imaginário de mulheres. Ou nem que seja para elas poderem especular esse assunto coletivamente. Acho que isso é um dos maiores baratos do nosso ofício.”

Vilões

Enquanto muitas produções retratam seus antagonistas com rótulos de dualidade, ou seja, totalmente boas ou totalmente más, Alex e Tomás acreditam que seus personagens de “DNA do Crime” não são assim, tão caricatos.

“O Sem Alma, assim como todo ser humano, tem camadas dentro dele também. Ele se abraça naquela fé em que acredita, que leva ele a caminhos de alcançar os seus objetivos” começou Aquino.

“Quando ele percebe que tem um filho, ele tenta sair da organização, sair do crime e viver as histórias dele. Então, o que aconteceu antes desse Sem Alma? Quem era esse Sem Alma antes dele entrar?”, questionou.

“Por isso que ele é um cara humano. Ele tem suas dores, emoções, assim como nós. Devido a falta de oportunidades sociais, de um cunho, não sei, racista ou preconceituoso, dessa injustiça social, ele acabou se tornando quem ele é. É muito complexo.”

“O que traz o humor do Isaac é a impaciência que ele tem, sabe? Ele tem uns cortes secos, o personagem faz isso com os outros. Está aí o carisma dele. Chega a ser engraçado essa falta de paciência”, completou Alex Nader.

“Muita ação, explosão, porrada e bomba. Vai ficar na cadeira. Com o coração na boca. Tem muita tensão”, brincaram os dois a respeito do que o público pode esperar dos novos episódios. “Faz uma pipoquinha aí e faz bastante, porque não vai conseguir parar de ver.

“DNA do Crime” acumulou seis milhões de reproduções em sua primeira semana no catálogo do streaming e o posto de produção nacional mais assistida durante o segundo semestre de 2023 e começo de 2024 no Brasil.

** Estagiária sob supervisão