A morte do ex-primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, de 67 anos, assassinado nesta sexta-feira (8/7), durante um ato de campanha em apoio a um correligionário, chocou o Japão e o mundo.

Um dos mais influentes políticos locais, Abe foi o mais longevo primeiro-ministro do país, e filho e neto de tradicionais líderes do Partido Liberal Democrata (o pai foi chanceler e o avô, premiê).

Usando uma arma caseira, um lunático abriu fogo contra o político, simplesmente porque não gostava dele. Pela tradição pacífica e o rígido controle armamentista do Japão, o fato causou ainda mais comoção.

BRASIL

Em 2018, o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, durante campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais, também foi vítima de um atentado político, por um maluco qualquer.

Adélio Bispo atingiu o abdome do então deputado federal e candidato, causando severos ferimentos internos, quase levando-o à morte. O episódio alterou radicalmente o rumo das eleições e Bolsonaro foi eleito.

Em eleições passadas, extremistas do PT (Partido dos Trabalhadores) também utilizaram violência física contra opositores. Paus, pedras, pneus queimados e até foices foram usadas em violentas manifestações.

PRECEDENTES

O atual senador José Serra, em 2010, teve a cabeça atingida por um objeto atirado por manifestantes petistas (felizmente, de papelão). Anos antes, o também tucano Mário Covas (1930-2001) foi agredido com chutes durante um ato de campanha.

Este ano, já em duas ocasiões, bolsonaristas fanáticos lançaram bombas caseiras (fezes e urina) contra apoiadores do ex-presidente Lula, o meliante de São de Bernardo. Em 2018, um ônibus do PT foi alvo de tiros em uma estrada.

A cisão social e a crispação política aumentaram sobremaneira nos últimos anos no Brasil. Infelizmente, líderes populistas e extremistas, como Lula e Bolsonaro, fomentaram o ódio que vemos hoje em dia, por todos os cantos do País.

BOLSOPETISMO

O chefão do mensalão e do petrolão inaugurou o odiento ‘nós x eles’, dividindo a sociedade brasileira entre os bons e justos (nós – os lulopetistas) e os maus e injustos (eles – todo o resto da sociedade).

Lula, de forma vil, mentirosa e falaciosa, como é de seu costume, aliás, passou décadas atirando pobres contra ricos, negros contra brancos, trabalhadores contra empresários, e demonizando ‘a zelite branca de zóio azul’.

No campo oposto, um obscuro deputado do fundo do poço do centrão combatia o mal petista com ainda mais ódio, separação e intolerância. Uma vez eleito, o amigão do Queiroz foi com tudo – e mais um pouco! – em direção à selvageria.

ELEIÇÕES 2022

Hoje, liderada pelo ‘mito’, uma horda reacionária, violenta, preconceituosa, burra de pai e mãe, e extremamente fascistóide opera no mais alto grau de ofensa e violência nas redes sociais e ruas pelo País.

Ainda acanhada e bastante resumida, a tropa de choque petista não deu as caras e não protagonizou qualquer episódio grave de violência política. Porém, diante do histórico nada abonador, é bom colocarmos nossas barbas de molho.

Política se faz com briga de ideias e de palavras; jamais com agressão. Violência não combina com democracia. Que nossos políticos segurem a si e a seus selvagens, e que nossas autoridades atuem com extrema atenção (prévia) e máximo rigor se e quando for necessário.