Os observadores regionais no Zimbábue consideraram que as eleições presidenciais e legislativas no país não respeitaram os critérios democráticos, anunciou nesta sexta-feira (25) a missão da Comunidade Para O Desenvolvimento da África Austral (SADC).

“Determinados aspectos das eleições não estão de acordo com as exigências da Constituição do Zimbábue, da lei eleitoral e dos princípios das diretrizes da SADC que regem as eleições democráticas”, afirmou o chefe da missão, Nevers Mumba, em coletiva de imprensa.

A missão cita o cancelamento de comícios da oposição e a suposta intimidação dos eleitores entre as questões que mancharam as eleições.

A eleição é observada em todo o sul da África como um teste de apoio ao partido ZANU-PF, do presidente Emmerson Mnangagwa, que está continuamente no poder durante os últimos 43 anos e enfrenta uma economia moribunda e denúncias de autoritarismo.

As eleições foram prolongadas para um segundo dia, algo sem precedentes, devido a atrasos na impressão das cédulas de voto em alguns distritos importantes, incluindo a capital Harare.

O principal partido da oposição é a Coalizão Cidadã para a Mudança (CCC), liderada por Nelson Chamisa, um advogado e pastor de 45 anos.

cld-sn/mar/jvb/aa