SÃO PAULO, 21 FEV (ANSA) – O senhor é a favor da imposição de um limite de geração à concessão de cidadania jus sanguinis, como propôs um senador italiano no fim do ano passado? Completamente contra. É a parte principal de nossa campanha. Nós somos a favor da continuação da cidadania italiana jus sanguinis. E esse é um ponto que nós imaginamos intocável. Essa lei é romana. Os romanos já entendiam assim. Nós não queremos perder esse direito, e nós não achamos que seja interessante, em hipótese nenhuma, nem para a Itália, nem para os oriundi. Vale lembrar que, durante o século 20, parte importante dos recursos que a Itália recebia era de famílias que emigraram para a América do Sul e mandaram dinheiro para seus parentes sobreviverem em uma dificuldade enorme que a Itália estava vivendo até aquele momento.   

Um dos projetos que ficaram pendentes na última legislatura italiana foi o do jus soli. Se eleito, o senhor defenderá a aprovação dessa lei? Eu basicamente sou contra. Eu entendo que nós temos já uma lei que permite a cidadania italiana jus sanguinis, que ela é suficiente, e que essa lei que foi proposta tem um complicômetro muito grande. Porque uma pessoa, ao nascer na Itália, você pode estar trazendo a imigração de 10 outros parentes dela para a Itália. E aí você poder perder um pouco a maneira de saber o número de imigrantes que você está tentando trazer. É uma lei que tem que ser muito estudada.   

Nos últimos anos, a Itália foi destino de um dos maiores deslocamentos em massa desde a Segunda Guerra Mundial. Qual, na visão do senhor, deve ser a postura do governo para lidar com a crise migratória e de refugiados no Mediterrâneo? O nosso partido tem uma visão clara sobre isso, e eu apoio totalmente a maneira com que o Matteo Salvini pensa nesse caso.   

Quem é o candidato ou candidata do senhor a primeiro-ministro nas eleições de março? Matteo Salvini. (ANSA)


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