O deputado federal bolsonarista Éder Mauro (PL) teve seu nome confirmado para concorrer à Prefeitura de Belém durante uma convenção do Partido Liberal na capital do Pará, na noite de quarta-feira, 24. Para compor a chapa, ele escolheu a nora Tatiane Coelho (PL) como vice.
Por meio de uma publicação nas redes sociais, a médica anestesiologista Tatiane Coelho, esposa do deputado estadual Rogério Barrada (PL), filho de Éder, afirmou que contou com o apoio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para ser escolhida ao cargo. Antes, a esposa de Bolsonaro chegou a gravar um vídeo com a nora do deputado federal em que afirmou que a cidade de Belém está sendo maltratada, por isso precisa do “olhar carinhoso e materno, olhar especial que as mulheres têm. Tenho certeza de que a doutora Tatiane e o nosso querido Éder Mauro são essas pessoas que cuidarão muito bem de Belém”.
O fato de Éder ter escolhido a nora para ser sua vice na chapa não é ilegal, pois ele ainda não ocupa o cargo de prefeito.
Um levantamento realizado pelo instituto Paraná Pesquisas, divulgado no dia 16 de julho, mostra Éder em primeiro lugar, com 30,7% das intenções de voto, seguido do deputado estadual Igor Normando (MDB), com 18,2%. Na terceira colocação está o atual prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), com 13,8%.
Quem é Éder Mauro?
Éder Mauro Cardoso Barra é deputado federal pelo terceiro mandato consecutivo, ele foi eleito em 2014 e 2018 pelo PSD. No pleito de 2022, o parlamentar concorreu pelo PL.
No ano de 2016, ele chegou a concorrer pelo cargo de prefeito de Belém pelo PSD, mas não conseguiu se eleger. Antes de entrar para a política, Éder Mauro se formou em direito e atuou por 30 anos como delegado em Belém.
O parlamentar acumula episódios de brigas e baixarias na Câmara dos Deputados, o mais recente foi em junho deste ano, quando empurrou um militante aos gritos após o homem insultar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PlL) e seus apoiadores.
Em 2023, durante a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Atos Golpistas do 8 de janeiro, o primeiro depoimento precisou ser interrompido por causa de uma bate-boca envolvendo o deputado federal, tanto que a relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), chegou a mandar ele “calar a boca”.
*Com informações do Estadão Conteúdo